Bem, felizmente a última queda que dei de moto já foi há mais de três anos mas quero deixar aqui os relatos das minhas quedas.

Sim, digo quedas porque foram mais do que uma, e todas elas felizmente foram sem gravidade tanto para mim como para as motos.

Vou hoje relatar aqui uma das primeiras quedas que dei, na minha Casal Boss de 2 velocidade Ainda morava em Arganil tinha 16 anos e num final de tarde a caminho da escola para casa em plena avenida José Augusto de Carvalho avisto um grupo de miúdas ao fundo da avenida sentadas no banco do jardim.

Ed_acelera pensa: Vou dar show para as miúdas e nisto enrolo o punho a fundo em plena avenida (só não puz uma abaixo porque a Boss só tinha 2 velocidades Vai nisto, depressa chego ao fim da avenida (onde estavam as babes) onde havía uma curva bem fechada para a direita e a subir e eu de punho trancado para o show... de bola.

A entrada na curva foi perfeita e deu então inicio ao mágnifico e estonteante show para impressionar as miúdas. Pela certa no dia seguinte iria ser o mais falado em todo o liceu de Arganil!

A "Bossini" curvou, curvou, curvou até que caputou Era faisca por todo o lado e eu de "cú" atrás dela e as babes, essas se levantaram e desataram as risos.

O Ed... esse depressa correu para a "Bossini", levantou-a e arrancou bem mais calmo até casa. Escusado será dizer que o resto da semana fui o gajo mais conhecido no liceu, pelos piores motivos claro

Na altura fiquei pior que estragado, mas hoje são histórias como esta que me fazem rir e até recordá-las com uma certa nostalgia!

Mais para a frente colocarei aqui mais uma ou outra história sobre as minhas muitas quedas. A última só foram mais de €3000 de reparação

Aqui fica uma pic da Bossini



MCumps

Conta mas é as outras histórias que estou a gostar de ler!

Belo tombo que deves ter dado...

Zé, a Boss funciona como em qualquer moto. Tem embraiagem a óleo (talvez só com dois discos) e engrenagem de carretos, sendo que para mudar de caixa era como na tua HRC

Sei que houve umas Casal Boss que tinham mudanças semi-automáticas ou mudanças de punho como as Vespas, mas no caso da minha as mudanças eram de pé.

Não tem "força" nehmuma, a subir era parado e paradinho. Às vezes em em subidas inclinadas, mesmo em primeira não subia. Tinha que sair de cima da moto.

Se não me engano a moto tinha a potência estonteante de 3 CV e a fundo no conta-quilómetros dava 65 km/h

Isto de dar show para as babes... Normalmente corre mal!

Eu felizmente quedas, só de bicicleta, e já tive duas que me podiam ter mandado desta para melhor...

O Ed... é assim mesmo O que eu me ri.... hahahahaha

Ao menos ficaste conhecido A bossini também.... o que vale é que isso andava pouco

Já agora, ao menos engataste as tipas?

Grande Ed! Conta mais!

Ed_acelera escreveu:

Zé, a Boss funciona como em qualquer moto. Tem embraiagem a óleo (talvez só com dois discos) e engrenagem de carretos, sendo que para mudar de caixa era como na tua HRC

Sei que houve umas Casal Boss que tinham mudanças semi-automáticas ou mudanças de punho como as Vespas, mas no caso da minha as mudanças eram de pé.

Não tem "força" nehmuma, a subir era parado e paradinho. Às vezes em em subidas inclinadas, mesmo em primeira não subia. Tinha que sair de cima da moto.

Se não me engano a moto tinha a potência estonteante de 3 CV e a fundo no conta-quilómetros dava 65 km/h

olha que a casal tem mta força...

trabalhei durante mts anos na telepizza e a minha casal ... ui aquilo era um espetaculo... era cross, era saltos em lombas, era cabalos em 2 .. e fazia ao lado dos carros 70 a descer chegava aos 80.
n sei que raio de vitaminas é que a bixa tinha mas até se portava muito bem.

por isso acho estranho a tua n ter força e nas subidas teres de sair dela.


mas tambem tenho mtas historias com a casal da telepizza :$ foram mtas quedas até aprender a sacar cavalos e algumas mt embaraçosas LOL (não digam a ninguem mas as pizzas eram entregues na mesma como se nada se tivesse passado)

Fisioterapeuta escreveu:

Já agora, ao menos engataste as tipas?

Achas???? Haviam lá os pintas das NSRs e das DTs que sacavam cavalos e não caíam, pelo menos à frente das miúdas.

O que que ganhei com isto, foi motivo de chacota para umas semanas O que vale é que o pessoal depressa se esqueceu deste episódio

Ahahahahaha LINDO!

Epah, eu estou a imaginar o episódio... E não dá para parar de rir!!!

Obrigado Ed, pelo riso!

Outra coisa... epah o teu bonézinho na foto... uiiiiiiii Assim qualquer coisa

Yep... boné à tónhó

O que é que tu queres... era a moda em 1992

Ed_acelera escreveu:

Yep... boné à tónhó

O que é que tu queres... era a moda em 1992

Não havia dinheiro para capacetes, era mm o "cap"...

Pois... quer dizer, até havia dinheiro para capacetes, mas para capacetes nacionais tipo CMS e NAU que na eram a coqueluche da altura e custavam cerca de 4 contos (aproximadamente €20,00 ).

Arai e Shoei era para esquecer

Em termos de força e velocidade a Minor era igual. A diferença estava na mudança, arrancava-se numa e pouco depois entrava a outra. Quando precisava por pouca velocidade entrava de novo a primeira, tudo automáticamente claro. Caixa automática em 1971.

No episódio de hoje vou relatar mais uma das muitas quedas que tive. Esta passou-se uma vez mais na zona de Arganil onde passei toda a minha adolescência.

No já longínquo Verão de 1996, mais precisamente num domingo à tarde, como era hábito na altura, peguei na minha DT50 e lá fui ter com o meu amigalhaço Alex (e a sua Suzuki TS50) para de seguida irmos ter com um outro nosso amigo, o Zé que morava numa aldeia vizinha.

Escusado será dizer que de Arganil até à dita aldeia, as cinquentinhas não tiveram frio, tal era a adrenalina de fazer aquelas curvas da N342 que liga Arganil a Góis. Chegados à dita aldeia parámos as motos em frente à Casa de Convívio, onde toda a gente da aldeia se juntava, lá estava o Zé à nossa espera.

O Zé era um pouco mais velho que nós, já tinha carta e já tinha um motão uma GS 500! Era o delírio quando trocávamos de moto e ele nos deixava pilotar a 500 a 4 tempos e 50 e poucos cavalos Mas adiante...

Conversa para aqui, conversa para ali, e para onde vamos dar a voltinha de moto nesta tarde de verão? Fosse qual fosse o destino teria que haver as miúdas, isso era o mais importante, as miúdas

Depois de definido o destino, lá arrancamos (a DT, a TS e a GS500) de novo pela N342 em direcção a Arganil, eram 4 km de puro prazer cheio de curvas deliciosas.

Eu não podia deixar ficar mal os meus dotes de pilotagem nem a minha máquina, apesar da inferioridade nítida de cilindrada. Afinal em estrada sinuosa a DT lutava de igual para igual com a GS

E assim foi, arrancámos e poucos metros à frente passei o Alex e na primeira curva consegui também passar o Zé por fora e logo estava na frente do pelotão.

De curva para curva aumentava a distância para os demais, curva para a esquerda, curva para a direita e tudo fluía perfeito. A paisagem desses 4 km era bastante agradável, tinha muita verdura, árvores e muita sombra, o que era agradável para aquela tarde quente de verão. Fazia lembrar-me a zona de Sintra!

Uma das últimas rectas antes de entrar em Arganil e eu de punho trancado, ao fundo uma curva para a esquerda aproximava-se. Uma abaixo e enrola de novo o punho e entro na última curva antes de chegar à entrada da Vila. Inclino o corpo para a esquerda e a LC começa a curvar, só que... alarguei demais a trajectória e a frente entra na areia que se juntava na parte de fora da curva.

De repente o que fluía perfeito, deixou de o ser, parece que a DT ganhou vontade própria e embicou a frente para as Mimosas (uma árvore típica da zona) e quando dei por mim só via arbustos, ramos, paus, verdura e tudo o mais que a natureza tinha ali para me oferecer

Por fim a DT parou, ficou presa numa pequena árvore que ficou entalada entre a forquilha e o quadro da moto. A primeira peritagem aos estragos, resumia-se ao guarda-lamas traseiro partido. Ouvi os meus amigos a passarem mais a cima na estrada, mas como eu estava numa encosta bem camuflado por toda a vegetação eles nem se aperceberam de mim! E ainda bem, foi essa mesma vegetação que me salvou de uma humilhação como esta, perante estes meus camaradas de estrada

Bem... para tirar a DT dali foi uma carga de trabalhos. Estava bem presa naquela pequena rama e depois o terreno era bastante inclinado. Como raio ía eu conseguir sozinho, puxar de novo a moto para cima??

Bem... dizem que para baixo, todos os santos ajudam! E vai disso... há que puxar a moto mais para baixo, até chegar a uma zona de cultivo, cheia de milho Lá andei eu feito Javali, no meio daquelas espigas de milho, a tentar encontrar de novo o caminho até ao asfalto da N342! Um pouco mais acima encontrei um pequeno carreiro que servia de acesso a esse terreno de milho, que me levou de novo à N342.

Quando chego à esplanada da vila já lá estavam os meus amigos, que se questionavam onde eu tinha estado! Bem... pois... fui fazer mais umas curvas por aí

- Ai sim... então e esse guarda-lamas partido?????

Oooopsss, parece que fui apanhado

O que vos posso dizer é que durante muitos meses, talvez até anos, sempre que passava ali naquela curva, passava beeeemmm devagar

Um abraço a todos, amanhã há mais

Amanhã havendo mais, estarei aqui ansioso à espera de ouvir mais umas belas histórias.

Mais uma bela queda! (salvo seja)

Tu só tens quedas divertidas para contar?

Quando penso na única que tive até hoje, só me vem à cabeça os euros que gastei em reparações! E ainda faltam pormenores.

Sendo que felizmente todas elas têm sido dentro deste género, acho que se podem enquadrar na categoria de "divertidas"

Belas crónicas, continua

O que me fartei de rir

Realmente, é quando a confiança se torna excesso de confiança que temos de puxar as rédeas ao cavalinho...

Fizeste-me lembrar umas quantas histórioas e aposto que a mais pessoal também!
Quem sabe se um dia não vamos editar o livro "Histórias de um motard! As crónicas e vivências do CBRPortugal", hehehe

Francisco, olha que grande ideia.
Compilar e editar alguns dos tópicos, histórias, vivências e fazer um Livro CBRportugal.

Era uma excelente ideia

Só o Jam e o Bad tinham umas quantas histórias para encher mais de metade do livro

Lololol.
Uma meia duzia arranja-se.
O que também é normal, quando tiverem 50 aninhos têm mais histórias do que nós. Hoje as coisas passam-se mais depressa.

Para que é que fui abrir este tópico!!!! Caí hoje numa das motos de serviço Nada de grave, apenas uma mão esfolada e cotovelo dorido!

Mais logo conto detalhes

Parece que nos últimos 4 anos tenho criado uma afinidade por rotundas, pois é rotundas!

Numa tarde de primavera em 2005 tive que ir a Lisboa entregar o processo de umas homologações na antiga DGV em plena Av. da Republica. No regresso a Sintra e após já ter passado 3 rotundas e apenas a pouco mais que 100 metros do meu destino final, entro com um pouco mais de velocidade (e também com um pouco mais de excesso de confiança) na última rotunda com a Honda @125 (uma Scooter a 4 tempos aqui do trabalho) quando ela me sai de baixo do rabo. Resultado: Um queixo esfolado (porque ía de capacete aberto) e as carenagens esquerdas todas riscadas. Nada de grave.

Anos mais tarde numa manhã de segunda-feira, já no ando de 2007 e após um evento do Lisboa Chapter (clube oficial da Harley-Davidson de Lisboa) arranquei eu na Harley-Davidson VRSCAW V-Rod de serviço de casa. Ao entrar na primeira rotunda (apesar daquilo ser quadrada ou rectangular ou sei lá o quê) o pneu 240/40 derrapa e lá vai a moto de €22.000,00 ao chão Naqueles milésimos de segundo antes da moto tocar no chão, só me vinham à cabeça a porcaria dos 22 mil euros Resultado: Sub-quadro inferior dobrado, guarda-lamas, depósito, piscas, guiador, etc, etc, etc… trocando por euros… €3500,00 de arranjo para uma queda de m**** Com a queda, o pedal das mudanças partiu e fiquei impossibilitado passar de caixa com o pé! Por precaução fui ao Amadora-Sintra, mas estava tudo bem. O meu chefe foi ter comigo ao hospital na sua Softail para se assegurar que estava tudo bem (ainda há bons chefes ).

E agora a última e ainda fresquinha (nem 2 horas tem). Vinha hoje, uma vez mais na moto de serviço, uma Harley-Davidson XR1200 e entro na rotunda, e de repente o carro da frente trava a fundo para deixar entrar um “artista” que não deu prioridade aos que circulavam dentro da rotunda. Para não bater no carro travei também forte, mas como ía completamente baldado… a roda da frente fugiu e a moto deitou-se no asfalto De imediato o senhor do carro que estava atrás de mim, veio perguntar se estava tudo bem comigo e só depois de se assegurar que estava bem, é que se foi embora. Resultado: Guiador empenado, pedal de mudanças e tampa do primário dobradas…. Quando ao condutor, cotovelo dorido e mão esfolada e moral em baixo!

Definitivamente as rotundas são as minhas piores amigas!