O Mundial de Velocidade está cada vez mais perto de ter o seu início mas, até lá, as equipas de MotoGP ainda têm pela frente algumas semanas para evoluírem as suas motos. Um dos momentos mais importantes nessa evolução, é a segunda visita ao circuito malaio de Sepang, para nova sessão de testes oficiais, um mês após os primeiros testes de conjunto.
Era sabido que os fabricantes Honda, Yamaha e Ducati aproveitaram as últimas semanas para entregarem às suas equipas novos materiais e equipamentos eletrónicos. A Honda debate-se com problemas de vibração na frente da RC213V, a Yamaha procura suavizar a nova M1 e, a Ducati preparou um novo pacote de eletrónica para Valentino Rossi e Nicky Hayden.
No final do primeiro dia de trabalhos, Casey Stoner elevou novamente o seu nome até ao topo da tabela de tempos. O campeão em título aproveitou as condições secas durante a manhã em Sepang (da parte da tarde choveu), para registar a melhor volta do dia em 2’1.761s. Ainda assim, e comparando com os tempos de há um mês, Stoner está mais lento, pois na altura conseguiu rodar em 1’59.607s, estando a verificar-se a mesma situação com os outros pilotos.
Atrás de Casey Stoner, outra Honda Repsol, a de Dani Pedrosa, completa um dia bastante satisfatório para a equipa de fábrica da Honda. Shuhei Nakamoto revelou há poucos dias que o HRC iria entregar aos seus pilotos novidades na ciclística mas, confirmou que será difícil ao departamento de competição da Honda eliminar a vibração sentida na frente da moto.
Nakamoto revelou que o problema é derivado da utilização dos novos pneus Bridgestone, e essa vibração “pode ser derivada também da utilização dos pneus em conjunto com as suspensões, ou derivado da rigidez do chassis, ou das jantes, ou das molas… ou então de todos estes fatores em simultâneo. É um problema difícil de resolver pois não sabemos o porquê da vibração. O Casey não gosta das novas especificações dos pneus. A nossa prioridade número um é eliminar a vibração, mas ainda não temos nenhuma solução”.
Atrás da dupla da Repsol ficou a dupla da Yamaha Factory Racing. Jorge Lorenzo e Ben Spies foram terceiro e quarto, tendo testado principalmente uma nova caixa de velocidades que visa dotar a M1 de um comportamento mais estável.
Para além disso, o chefe de equipa de Lorenzo, Wilco Zeelenberg, afirmou antes dos testes que a “Yamaha tem vindo a alterar constantemente a rigidez do chassis para eliminar alguma vibração na frente da moto. Mas é difícil, pois algumas vezes perdemos a sensação na frente da moto, ou perdemos outras sensações positivas”.
Alvaro Bautista também se mostrou em bom nível com a Honda privada da San Carlo Gresini, tendo registado o quinto tempo de hoje, o sexto foi Nicky Hayden, que se cotou como a melhor Ducati em pista, sétimo foi Cal Crutchlow na Yamaha M1 da equipa Monster Tech3, enquanto Valentino Rossi não foi além do oitavo melhor tempo.
Rossi e Hayden aproveitaram estes segundos testes oficiais para testarem um novo pacote de eletrónica desenvolvido pela Ducati para se adaptar melhor às características da nova GP12, sendo de esperar que os pilotos de fábrica da marca melhorem a sua performance amanhã.
Hector Barberá e Stefan Bradl fecham Top10 de primeiro dia, com o espanhol a aproveitar para procurar mais aderência na suam Ducati da Pramac, ao mesmo tempo que testou a nova luz traseira de travagem, obrigatória para esta temporada quando as condições em pista forem de má visibilidade.
Imediatamente atrás de Bradl está Andrea Dovizioso, o último dos pilotos que utilizam protótipos MotoGP.
Entre as equipas CRT presentes – NGM Mobile Forward Racing e BQR Avintia -, Colin Edwards voltou a ser o mais rápido tendo colocado a sua moto com quadro Suter e motor BMW a menos de quatro segundos de Stoner. Edwards também recebeu uma atualização do quadro fornecido pelos especialistas da Suter mas, também ele se debateu com muitas vibrações na frente da moto.
Curiosamente a equipa CRT que (alegadamente) mais perto estará dos protótipos de MotoGP, a Aspar com conjunto “full Aprilia” e o piloto Randy de Puniet aos comandos da moto, não se encontra presente nestes testes oficiais. Era provavelmente um dos grandes motivos de interesse que os fãs esperavam ter nestes testes mas, esse embate ficará para outro dia.
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Veja em baixo a tabela de tempos do primeiro dia de testes oficiais em Sepang 1 Casey Stoner Repsol Honda Team 2:01.761 2 Dani Pedrosa Repsol Honda Team 2:02.005 3 Jorge Lorenzo Yamaha Factory Racing 2:02.436 4 Ben Spies Yamaha Factory Racing 2:02.819 5 Alvaro Bautista San Carlo Honda Gresini 2:02.959 6 Nicky Hayden Ducati Team 2:03.132 7 Cal Crutchlow Monster Yamaha Tech 3 2:03.213 8 Valentino Rossi Ducati Team 2:03.245 9 Hector Barbera Pramac Racing Team 2:03.612 10 Stefan Bradl LCR Honda 2:03.820 11 Andrea Dovizioso Monster Yamaha Tech 3 2:03.830 12 Colin Edwards NGM Mobile Forward 2:05.510 13 Franco Battaini Cardion AB Motoracing 2:05.563 14 Ivan Silva Avintia Racing 2:08.109 15 Yonny Hernández Avintia Racing 2:08.767
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A Honda RC213V de Casey Stoner foi a única a conseguir rodar no circuito de Sepang, durante a primeira sessão de treinos oficiais no início de Fevereiro, abaixo dos dois minutos. Agora que começaram os segundos testes oficiais no circuito malaio, a Repsol decidiu divulgar um vídeo retirado de uma camara a bordo da moto de Stoner.
A gravação é da primeira sessão em Sepang, não da atual, mas as imagens e o som (!!) provenientes da nova moto da Honda… são espetaculares!
Veja em baixo o vídeo de Casey Stoner na Honda Repsol RC213V durante os testes oficiais de MotoGP em Sepang no início de Fevereiro
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Ao segundo dia de testes oficiais no circuito de Sepang, a Honda deixou caminho livre para a Yamaha “tomar conta das operações”. Sem qualquer oposição da rival japonesa, a Yamaha ocupou os quatro primeiros lugares da tabela de tempos de hoje, no que se pode chamar de “poker”.
O dia de hoje ficou certamente marcado pela ausência da Honda, pois a marca nipónica teve de perceber o que se passou no final dos testes de ontem com o motor da RC213V de Dani Pedrosa.
De acordo com relato do piloto espanhol, já no fim da sessão, na reta interior, o novo motor 1000 cc “bloqueou” e imediatamente acendeu uma luz vermelha no painel de instrumentos. Pedrosa tentou resolver o problema apertando a embraiagem mas, isso apenas serviu para conseguir regressar às boxes.
Como decisão preventiva, a Honda ordenou que todos os seus pilotos – Casey Stoner, Dani Pedrosa, Alvaro Bautista e Stefan Bradl -, não participassem em mais testes, até o departamento de competição, a HRC, perceber o que se tinha passado com o motor de Pedrosa.
O motor problemático foi enviado para a sede da HRC, no Japão, onde o problema foi diagnosticado, mas não revelado. No entanto, os relatórios dos engenheiros da Honda não apontam para algo grave e, o motor foi entretanto devolvido à equipa Repsol em Sepang, mas já depois da hora de almoço e quando a chuva já se tinha “apoderado” do asfalto, o que não permitiu às equipas Honda sair à pista.
Assim, a Honda deixou caminho livre para a sua rival Yamaha tomar de assalto a posição de dominância nestes testes oficiais e, a casa de Iwata não fez por menos, tendo colocado quatro motos nos quatro primeiros lugares da tabela do segundo dia de testes, aproveitando a pista seca durante a manhã.
Como seria de esperar, foram as duas Yamaha de fábrica a conseguir os melhores tempos mas, Ben Spies tomou a “liderança” dentro da equipa, relegando Jorge Lorenzo para segundo. “Elbowz” Spies rodou em 2’01.285s, cerca de 1,6 segundos mais rápido do que tinha sido no dia anterior e, meio segundo mais rápido do que Casey Stoner conseguiu ontem.
Lorenzo também conseguiu melhorar o seu tempo substancialmente, ao rodar 1,2 segundos mais rápido que ontem mas, com Spies endiabrado, o piloto espanhol teve de se contentar com o segundo melhor tempo dos testes até ao momento.
De seguida ficaram as Tech3 de Andrea Dovizioso e de Cal Crutchlow, respetivamente 3º e 4º. Dovizioso, após um dia para esquecer e onde terminou muito atrás daquilo que seria espectável, conseguiu hoje andar num ritmo melhor e o terceiro tempo é já mais condizente com o que a equipa Tech3 espera dele, mesmo tendo em conta que está ainda a recuperar de uma lesão no ombro.
Nos quatro lugares seguintes encontramos só pilotos Ducati, liderados por um piloto que se está a mostrar bastante rápido até ao momento: Nicky Hayden, agora que regressaram os mais potentes motores 1.000cc (recordamos que foi o último campeão da era “990”), parece estar mais à vontade para domar a potência da nova Desmosedici GP12 e isso traduz-se no quinto melhor tempo do dia.
Atrás de Hayden, o privado Hector Barberá foi ligeiramente mais rápido que Valentino Rossi e, deixou o italiano no oitavo registo de tempos. O último piloto deste quarteto foi o piloto de testes da marca italiana, Franco Battaini, que, devido ao facto de Karel Abraham ter optado por ficar de fora dos testes para recuperar de uma lesão sofrida há pouco tempo em testes privados, está encarregado de desenvolver a moto da equipa CardionAB.
Entre as CRT presentes, Colin Edwards continua como a melhor de todos. Apesar do americano não ter conseguido melhorar a sua marca anterior, devido a um problema eletrónico que afetou o “travão motor” da sua Suter-BMW, problema entretanto resolvido, Edwards mostra-se satisfeito com os progressos efetuados pela equipa mas, a realidade é que a moto que utiliza um motor da S1000RR altamente modificado, continua a não conseguir baixar a diferença de 4,5 segundos para o mais rápido dos protótipos de fábrica.
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Ao contrário do que aconteceu nos dois dias anteriores, onde a chuva interrompeu os trabalhos que as equipas de MotoGP estavam a realizar no circuito de Sepang, o terceiro e último dia dos testes oficias no circuito malaio foi o que se apresentou melhor em termos meteorológicos, pois apenas algumas “pingas” foram sentidas pelos pilotos.
Após ficarem “fora de ação” no dia de ontem devido a problemas técnicos encontrados no motor da RC213V de Dani Pedrosa, todos os quatro pilotos Honda regressaram à pista para continuarem a preparação da próxima temporada. Casey Stoner, igual a si próprio, voltou a mostra-se mais rápido do que a concorrência mas, desta feita, a distância que o separa dos perseguidores é cada vez menor!
“Rolling” Stoner realizou a melhor volta destes testes em Sepang hoje, à 26ª de 34 voltas que completou. O tempo de 2’00.473s (ainda assim mais lento do que tinha registado nos primeiros testes em Sepang) deixou atrás de si Dani Pedrosa, também ele a mostra-se em bom plano esta temporada.
O espanhol ficou a apenas 0.175s do seu companheiro de equipa. No entanto, os pilotos Repsol aproveitaram a maior parte do tempo para trabalharem no aspeto dos consumos das suas novas motos e, por essa razão os seus tempos não foram melhores.
É sabido que os motores 1.000 cc gostam de “beber” bastante e, com as quantidades de combustível permitidas para cada moto, cada vez mais reduzidas pela Dorna, a HRC, através do seu responsável Shuhei Nakamoto, já revelou que uma das prioridades é diminuir os consumos das RC213V, tanto através de mais eficiência dos motores, como também através do desenvolvimento de um novo tipo de combustível com os seus parceiros da Repsol.
Atrás da dupla da Repsol Honda ficaram três Yamaha. Jorge Lorenzo, ao contrário do que seria de esperar, não foi a melhor das motos da marca de Iwata, tendo ficado “ensanduichado” entre as Tech3 de Andrea Dovizioso (3º) e de Cal Crutchlow (5º).
Lorenzo (4º tempo de hoje) focou o desenvolvimento da M1 no comportamento da moto durante uma corrida, tendo realizado uma simulação. A tentativa de rodar várias voltas consecutivas em ritmo rápido não correu da melhor forma, pois acabou por sofrer uma queda durante a manhã, sem grandes consequências, algo que também aconteceu com Alvaro Bautista (7º), Ben Spies (8º) e também Nicky Hayden (11º). No entanto, os primeiros comentários de Lorenzo em relação à moto da Yamaha são bastante positivos.
Quanto à melhor Ducati em pista, essa honra coube a Hector Barberá na semi-privada GP12 da Pramac, já que Valentino Rossi (10º a cerca de um segundo de Stoner) sai de Sepang extremamente preocupado com a situação em que a Ducati se encontra
“Tem sido muito negativo. A única coisa positiva é que estamos mais perto do topo, mas infelizmente a nossa posição é muito pior. Ficar apenas atrás das Honda e Yamaha de fábrica no primeiro teste foi bom, mas tudo o que tentámos aqui para resolver os nossos maiores problemas não funcionou. Agora temos as Monster Yamaha (Tech3) e as Honda satélite à nossa frente e estamos muito preocupados especialmente por essa razão. A nova eletrónica funcionou bem, e isso ajudou nas retas, mas estou muito lento na entrada em curva e não consigo boas velocidades em curva, para além de sentir algum movimento em aceleração”, afirmou um visivelmente preocupado Rossi ainda no paddock de Sepang.
Mais atrás ainda, continuam, como seria de esperar, as motos CRT. Colin Edwards voltou a ser o melhor dos presentes e, melhorou o seu ritmo por volta ao ponto de agora já estar a “apenas” 3,2 segundos de Stoner.
Os próximos testes oficiais de MotoGP estão agendados para os dias 23, 24 e 25 de Março, no circuito de Jerez de La Frontera. Neste último teste de conjunto estarão presentes todas as equipas de MotoGP e, pela primeira vez, todas as equipas CRT também marcam presença em pista, com a grande expectativa a recair sobre Randy de Puniet e a “full Aprilia” da equipa Aspar, que neste mesmo circuito, alegadamente, estão muito perto dos melhores protótipos de fábrica.
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A equipa de fábrica da Ducati na categoria de MotoGP está a passar por algumas dificuldades, mesmo tendo em conta que a diferença que os separa dos mais rápidos – Honda e Yamaha – é cada vez menor.
Em Sepang, Valentino Rossi não escondeu a sua preocupação sobre o atual momento da Desmosedici GP12 mas, o diretor da equipa e antigo piloto de testes da marca, Vittoriano Guareschi, revelou que Rossi poderia ter ficado mais acima na tabela de tempos… caso o programa de desenvolvimento da Ducati necessitasse disso.
Apesar de Guareschi não esconder a sua insatisfação pelos tempos obtidos pelo seu principal piloto, o diretor da equipa mostrou-se menos preocupado que “Il Dottore” quando comentou os resultados dos testes oficiais
“Ele (Rossi) completou um intenso programa de testes., experimentando uma número muito grande de afinações e soluções. É normal que um piloto não atinja a sua performance máxima numa situação destas, quando a prioridade não é a velocidade pura… a não ser que tenha um pouco de sorte!
O facto de ter rodado em tempos semelhantes ao Hayden, que está a apenas 70% da sua forma física, mostra que poderia ter feito melhor. Se ele estivesse apenas concentrado em ganhar confiança na moto, ele teria sido definitivamente melhor, mas as prioridades estão noutras coisas neste momento”.
Após estas afirmações que, aparentemente, apresentam uma explicação “simples” para os resultados de Valentino Rossi, Guareschi também não se mostrou surpreendido com o ritmo atingido pelo piloto privado Hector Barberá (6º melhor em Sepang)
“O trabalho levado a cabo pelo Barberá nestes testes foi completamente diferente. A moto dele é idêntica à que utilizámos há um mês atrás, e ele esteve totalmente concentrado em adaptar-se à sua moto, ganhando confiança. O melhor tempo dele não está fora do alcance do Valentino. O mesmo pode ser dito dos outros pilotos satélite que ficaram à nossa frente”.
Por último, Vittoriano Guareschi deixou escapar que nos próximos testes oficiais, em Jerez de La Frontera, já poderemos assistir a um comportamento muito diferente do nove vezes campeão mundial
“Obviamente gostaríamos de estar mais acima na ordem de pilotos, mas os nossos pilotos gostaram da nova eletrónica estreada em Sepang. Iremos para Jerez com ideias mais claras do que necessitamos, e o Valentino vai estar completamente liberto para se concentrar na sua condução, e ganhar mais confiança com a GP12. Veremos o que acontece em Jerez, e se realmente precisamos de preocupar ou não”.
Será que Valentino Rossi e a Ducati Desmosedici GP12 têm estado tão “atolados” de trabalho que, os tempos por volta não deixam sobressair a qualidade do piloto e o potencial do novo protótipo?
Ou estará Vittoriano Guareschi apenas a tentar acalmar os “ducatisti” em relação ás más prestações de Rossi em pista?
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Stoner e Nakamoto preocupados com "chattering" da Honda RC213V
Após a conclusão dos segundos testes oficiais no circuito malaio de Sepang, a Honda voltou a ser a marca mais forte em pista, especialmente com a equipa Repsol a tomar conta das operações, ou não fosse apoiada diretamente pelo departamento de competição da marca, o HRC.
Mas ao contrário do que aconteceu anteriormente, os adversários mais diretos da Honda estão cada vez mais perto e, o vice-presidente do HRC, Shuhei Nakamoto, após os testes de Sepang, foi claro nas suas declarações e não escondeu o que pensa sobre o principal adversário da Honda
“A M1 (da Yamaha) é muito rápida e representa um verdadeiro obstáculo para nós. Não estamos ao mesmo nível. A Honda tem muita potência mas a Yamaha oferece uma grande condução. Como conjunto, eles têm a melhor moto do momento. Temos pequenos problemas para resolver mas a vibração é o nosso principal problema. A frequência da vibração depende muito do tipo de curva e da velocidade, e eu penso que a causa é principalmente dos pneus. A Bridgestone já nos deu novos pneus neste teste mas, infelizmente, a especificação que diminui a vibração é aquela com piores performances”.
Para além de se mostrar preocupado com o “chattering” nas suas RC213V, Nakamoto também se mostra preocupado com o que aconteceu durante a simulação de corrida de Jorge Lorenzo em Sepang. É que o piloto espanhol conseguiu rodar regularmente abaixo da marca dos 2’02s e, isso deixa antever que a Yamaha é capaz de rodar mais rápido durante mais voltas que as Honda.
Para Nakamoto o ritmo que Lorenzo demonstrou na simulação de corrida pode indiciar que a nova Yamaha M1 consegue rodar muitas voltas consecutivas, sem problemas mecânicos ou eletrónicos, para além de se mostrar bastante eficaz em termos de consumo de combustível do motor 1.000 cc, algo que será muito importante para os pilotos poderem gerir as suas táticas durante uma corrida.
A Honda esperava conseguir efetuar também uma simulação de corrida em Sepang, mas um problema, ainda não identificado no motor da moto de Dani Pedrosa, obrigou a marca a alterar o seu programa de testes.
Assim, os seus pilotos apenas realizaram no máximo 4 voltas consecutivas em pista, o suficiente para serem os mais rápidos, mas sem conseguirem comprovar um conjunto muito variado de outros aspetos, incluindo o consumo de combustível. Apenas nos próximos testes oficiais de Jerez poderemos verificar onde se encontra a Honda em relação à Yamaha, quando a marca efetuar as simulações de corrida. Até lá, e de acordo com Shuhei Nakamoto “a Yamaha tem a melhor moto”!
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Com as melhorias que aparentemente as Yamaha de fábrica - e também as privadas da Tech3 - têm vindo a demonstrar ao longo dos testes de pré-temporada, era apenas uma questão de tempo até surgirem alguns rumores sobre os avanços técnicos e tecnológicos que a Yamaha está a utilizar nas novas M1 com 1.000 cc.
Após os segundos testes em Sepang, o grande motivo de conversas no paddock de MotoGP foi a simulação de corrida efetuada por Jorge Lorenzo, nomeadamente o ritmo que o piloto espanhol conseguiu impor nas voltas consecutivas e a suavidade que a nova moto da Yamaha, quer seja em aceleração em linha reta, em travagem, ou nas passagens em curva.
Imediatamente se começou a suspeitar que a Yamaha teria adotado uma caixa de velocidades “seamless”, igual à que a Honda estreou no início da temporada passada, com bons resultados, pois Casey Stoner foi um campeão absolutamente dominador, sistema que a Ducati também está a utilizar nas suas Desmosedici.
Numa tentativa de esconder o jogo, Wilco Zeelenberg, chefe de equipa de Lorenzo, já negou que a Yamaha esteja a utilizar uma caixa de velocidades “seamless” totalmente nova, mas sim, está a utilizar um conjunto variado de pequenas alterações à caixa proveniente da M1 com 800 cc
“Existem muitas formas de melhorar a caixa através do padrão de trocas de relações, e a forma mais dispendiosa é ter uma caixa totalmente nova, que não temos. Mas também não temos uma caixa de velocidades tradicional! O que estamos a procurar é tornar as transições entre relações mais suaves. Em termos de eletrónica é muito importante acertar no tempo correto para as trocas de relações de caixa, e isso é mais importante este ano porque as motos são muito mais potentes e temos muito mais binário disponível e por isso temos maior possibilidade de afinação”.