http://www.motor24.pt/area-de-servico/por-que-os-condutores-nao-veem-motociclistas/

Que acham deste artigo?

É o ângulo morto. 

Por isso quando circulamos, não devemos circular ao lado dos enlatados. Ou vamos mais atrás ou mais à frente do enlatado, que é para eles nos verem. Mesmo assim não nos vêm ou fazem que não nos vêm.

Acho que o ponto fulcral deste artigo está no fim, e passo a citar:

"(...)uma boa maneira de ‘treinar’ a visão é através da análise constante do ambiente em redor, olhando amiúde e de forma rápida para tudo o que ladeia o automóvel (em locais em que tal seja seguro), votando para isso atenção à tríade de espelhos retrovisores que se encontram à disposição.(...)"

O problema é que a maioria dos condutores nao utilizam os espelhos e muito menos olham para ver o que rodeia o carro (eu tenho o habito de olhar na direcçao do vidro da porta de trás do carro quando mudo de direcçao por exemplo).
Depois temos outros problemas que nao falaram no artigo, como:
A eterna aversão que os condutores têm aos piscas. Muitos acidentes podiam ser evitados se estes fossem utilizados como deve ser.
O facto de hoje em dia andarem todos apressados tambem nao ajuda nada. No artigo eles falam de uma situaçao num cruzamento. Pois bem, um dos grandes problemas nos cruzamentos, sejam em estradas nacionais ou noutro sitio qualquer é que ninguem quer ficar parado e esperar 10 segundos de maneira a entrar no cruzamento em segurança. Em vez disso, entram à campeoes e quem vier que se encolha. Pra quem vai de mota isso dá sempre merd@, pois todos sabemos que a capacidade de travagem das motas é reduzida e com a qualidade do nosso alcatrao ainda se torna mais reduzida.
Por fim, temos os distraidos. O pessoal que vai constantemente a olhar pro telemovel seja a mandar sms, seja a falar, seja a jogar o farmville. Aqueles que nunca estao contentes com a musica e vao sempre a olhar para o radio à procura da banda sonora ideal para o momento e esquecem-se que estao no meio do transito. Os que vao dentro carro mas a cabeça deles está noutro sitio completamente diferente.

Estes sao alguns pontos que nao falam no artigo e que a meu o complementam pois tambem sao boas razoes para os condutores nao verem motociclistas.

Este artigo revela dois factos com que nós nos deparamos diariamente e que têm uma influência sem dúvida importante na estrada. Um deles diria mesmo que influência directamente a nossa segurança seja onde estivermos e como estejamos.

Falemos do 1º: sem dúvida o famoso “ângulo morto”.
Sempre que temos necessidade de utilizar espelhos para nos auxiliar a perceber o que se passa à nossa volta, temos esta limitação. Todos nós estamos conscientes dela. Criamos as nossas próprias técnicas e artimanhas para evitar este maldito ângulo mas é um facto que ele existe.
Agrada-me saber que os construtores automóveis sabem deste problema e mais que isso, como descrito no artigo, não têm poupado esforços na aplicação de sistemas tecnológicos de assistência à condução.

Dica: tentem antecipar-se e saibam quando estão nesse ângulo morto para que atempadamente consigamos evitar dissabores. É muitas vezes perceptível saber quando estamos invisíveis ao automobilista ou motociclista.
 
Quanto ao 2º facto: a envolvência com o ambiente que nos rodeia.
Deixem começar por dizer que enquanto no 1ª facto descrito em cima, terão obrigatoriamente que estar dois intervenientes envolvidos: o que olha pelo espelho e o que pretende ser visto. Neste apenas tu estás envolvido e apesar de não depender apenas de ti o resultado final de uma dada situação, que pode ser ou não um acidente, quanto maior for a tua envolvência com o que está ao teu redor, mais informação tens assimilada, melhor será a tua reacção e mais acertiva é. Factor chave aqui é a concentração.

Dica: conheçam a vossa velocidade de concentração.
Quer em cidade, em estrada aberta, AE, com trânsito, etc., esta velocidade é aquela que vocês se sentem que estão a conseguir obter informação suficiente do que se está a passar à vossa volta e vos dá a vantagem de uma reacção com mais eficácia e prontidão a alguma interacção que surja do meio em que se encontrem.

Se rolas abaixo dessa velocidade cais como se numa rotina e apenas vês o que está à tua frente e pouco mais. E ainda assim, apesar de estar a ver não estás concentrado.
Se rolas acima dessa velocidade, pecas por excesso e estás vulnerável que ao mais pequeno movimento exterior possa ser uma surpresa para ti e despoletar reacções quase que involuntárias que te podem colocar em maus lençóis. Apesar de estares a tentar ver tudo o que te rodeia, acabas também por assimilar muito pouco.