Fiz hoje a revisão da minha 250, e a diferença foi da noite para o dia.

O óleo estava com cerca de 6000km, ainda relativamente limpo, mas as mudanças já estavam com alguma dificuldade em entrar, apesar de no livro de revisões dizer aos 12k km, eu decidi fazer já.

A verdade é que depois da revisão a mota estava com uma suavidade, quer no motor, quer mudanças, parecia nova outra vez...

Fiz esta revisão e a anterior no mesmo local, da última vez usaram 10w30, e agora pedi 10w40, não sei se foi disso a diferença, se é o óleo que tem curta durabilidade, apesar de ser 100% sintético.

Perguntei que marca de óleo usavam disseram-me Belray, não conhecia, que acham desta marca de óleo?

A ultima revisão deve ter sido feita com óleo da Honda, eles usam 10w30 semi-sintético para todas as motas, desde uma CG125, até a uma CBR 1000RR.
Quando a mim é um perfeito disparate, e até porque o óleo Honda está complectamente ultrapassado...
Ora vejamos, o óleo genuíno Honda 10w30 tem um API SJ e um JASO MA.

API SJ: Projetado para uso em motores a gasolina, de acordo com as recomendações de manutenção do fabricante. Requisitos mais rigorosos do que API SH. Introduzido em 1997.

JASO MA: Óleos com alto coeficiente de fricção

Enquanto a grande maioria do óleo modernos, já usa um API de SL e um JASO MA2.

API SL: Projetado para uso em motores a gasolina de acordo com as recomendações de manutenção do fabricante. Excede API SJ no controle da formação de depósitos a altas temperaturas, levando a motores mais limpos e a um controlo da oxidação, aumentando assim sua vida útil; redução de volatilidade em cerca de 30% em comparação com API SJ, o que reduz significativamente o consumo de lubrificante. Introduzida em 2001.


JASO MA2: Óleos com alto coeficiente de fricção, com classificação superior do JASO MA.

Isto falando apenas das normas e especificações do óleo. Falando no SAE, na minha opinião para o clima de Portugal e para uso de comum, o SAE deverá ser de 10W40 ou 10W50.
Isto generalizando o uso comum, porque para motas de track days e outros estilos de condução mais agressiva, já haverá outras soluções.
Aqui à uns anos a maioria dos concessionários Honda em Portugal usavam óleo Castrol, a meu ver também não é grande exemplo de óleo do melhor, em tempos já foi uma grande marca de óleos, mas desde que a Castrol foi comprada pela BP, à cerca de 5/6 anos, o departamento de desenvolvimento estagnou, porque o importante para a British Petroleum (BP) é facturar o mais possível com o menor custo. A imagem da Castrol continua ainda muito bem cotada devido ao seu departamento de marketing, e ao esforço em publicitar a marca o mais possível.
Entre óleo genuíno Honda, ou Castrol, venha o diabo e escolha, mas mal por mal o óleo Castrol é bem melhor e existe em maior variedade.



SAE - Society of Automotive Engineers
JASO - Japanese Automotive Standards Organization
API - American Petroleum Institute

Qualquer duvida:

https://www.cbrportugal.com/t26701-oleos-de-motor-parte-1

https://www.cbrportugal.com/t27349-oleos-de-motor-parte-2

Não fiz na Honda as últimas 2 (uma aos 4k e tal, e agora aos 10k poucos km).

A questão era se alguém tinha opinião do óleo Belray, acho que preferia um óleo tipo Motul, pelo menos tem boa fama, €€ também.. lol

Motul e Ipone são exactamente iguais, muda apenas o nome, são feitos no mesmo sitio. É uma questão de procurares e veres o que achas mais em conta.
Eu as revisões que tenho feito ao pessoal tem sido em grande parte com óleo Wolf, Rock Oil e Ipone.

Entre isto

SILKOLENE Comp 4 10W-40
e isto

MOTUL 300V 4T Factory Line 10W40

vão cerca de 20€ de diferença vale a pena o motul?

Entre isto

SILKOLENE Comp 4 10W-40
e isto

MOTUL 300V 4T Factory Line 10W40

vão cerca de 20€ de diferença vale a pena o motul?

RAMMSTEINER escreveu:

Entre isto

SILKOLENE Comp 4 10W-40
e isto

MOTUL 300V 4T Factory Line 10W40

vão cerca de 20€ de diferença vale a pena o motul?

Depende muito em que mota queiras aplicar esses óleos.
O Motul 300V é um óleo de competição 100% sintetico, seria deitar dinheiro à rua aplica-lo numa CBR125 ou numa 250 ou 500.
No caso da Motul, para os modelos que acima referi, os óleos mais indicados seriam o Motul 3000 4T 10w40, ou então o Motul 5000 4T 10w40, ambos são semi-sintéticos.

Outro ponto igualmente importante e parece-me bastante desprezado é o de não mudar de tipos de óleo. Mesmo que as normas técnicas sejam iguais apenas garantem que cumprem determinados requisitos e não por exemplo que um bom óleo seja igual a um outro bom óleo. A importância deste ponto prende-se essencialmente que o óleo apesar de ser um lubrificante causa atrito. Quem estudou mecânica de motas(pelo menos) sabe que isto é falado. Sabendo que o óleo tem extrema importância no desgaste do motor vou dar um exemplo hipotético. 
O motor tem bastantes peças moveis e todas as peças moveis têm de ter folga para que possa existir um fino filme de óleo. Vamos imaginar que determinado conjunto foi fabricado com 3 centésimas de milimetro de folga e que esse conjunto pode produzir uma carga máxima de 5kilos. Depois da rodagem a folga passou a ter 0.032 mm. Depois metemos o óleo X e a folga aumenta um valor insignificante, porque por acaso o oleo X é perfeito para este conjunto com esta folga. Mais tarde colocamos o óleo Y que também é bastante conceituado e que cumpre exactamente as mesmas normas que o X mas na realidade é um pouco menos refinado e a folga aumenta para 0.035. O conjunto acabou de acamar ao óleo Y e está perfeito para trabalhar com este óleo. Depois alguém nos falou de um óleo novo, o Z que até era mais barato e que cumpria as normas dos anteriores. O conjunto voltou a acamar mas desta vez ao óleo Z ficando com uma folga de 0.04. O conjunto está no ponto para o óleo Z e a folga continua dentro dos valores normais. Afinal não gostamos muito deste óleo, parece que ficou envelhecido rapidamente e notam-se algumas purpurinas misturadas. Voltamos ao óleo X que estava perfeito para a carga máxima de 5 quilos com uma folga de 0.032. O óleo X agora está a ter dificuldades em lidar os 5kilos e com as 8 centésimas de folga extra e a degradar-se rapidamente e a poucos quilómetros da revisão teve algumas falhas a garantir a protecção e a folga aumentou para 0.042. 
Podemos interpretar isto de várias formas, se as mudas de óleo fossem feitas por volta dos 6000 km teríamos um motor com quase 30 mil km. Começaríamos a notar alguma diferença para com um motor novo...mas ainda assim não deixaríamos de ter um motor em muito bom estado. Ou com base nisto poderíamos pensar que iremos trocar de mota antes dos 50 mil km e o outro que se amanhe.... 
Basicamente estamos a fazer bem como fazer mal em mudar de óleo.
Quando tiverem de escolher um óleo procurem o melhor, que cumpra as normas e que o consigam sust€ntar nas próximas revisões. Se não for possível o melhor óleo desçam de qualidade porque a longo prazo o motor agradece especialmente neste de 4 cilindros e alto rendimento.
O resto é usufruir. 
Já agora desculpem o testamento e corrijam-me se me enganei em alguma coisa.

Cumprimentos 
Faustino

Exactamente Faustino, o que eu aconselho sempre a malta é óleos 10w40 ou 10w50 e é dentro desta linha que gosto de trabalhar.
Ainda aqui a dia estava a falar pessoalmente com um membro no forum sobre os intervalos de mudança de óleo, esse membro faz as mudanças de óleo de 12 em 12mil km.
Eu tenho uma maneira de pensar, não sei se é correcta ou não...
Uma mota faz o dobro de rotação media que um carro, o desgaste das peças será maior, tanto as do motor como as da caixa. Ora a tecnologia à uns anos atrás, aconselhava as mudas de 6 em 6mil km, é óbvio que os óleos estão cada vez mais desenvolvidos, e há óleo capazes de fazer os tais 12mil km, mas...
Mas, o importante é as pessoas perceberem que nem todos os óleo são capazes de terem uma "durabilidade" de 12mil km.
Já ouvi "N" pessoas com a explicação de sabem quando tem de trocar de óleo quando sentem a caixa mais rija. Para ser assim perceptível, então imaginem como estará o óleo a actuar "lá dentro" onde as tolerâncias são mínimas.
Eu nas minhas motas sempre fiz revisões de 6 em 6 mil km independentemente dos óleos, e na CB500 fazia de 5 em 5mil por causa do trato que ela levava diariamente.
Alguns podem pensar que é mandar dinheiro à rua, até poderá ser, mas na minha lógica não é!

Agora quando fiz a revisão da minha notei bastante principalmente na caixa (as mudanças já custavam a entrar às vezes, e tinha perdido muita suavidade)!
E o óleo era 100% sintético, e mudei-o com cerca de 5900km, e eu não sou pessoa de nem a andar sempre punho enrolado nem a bater na redline... E já a sentia assim desde que o óleo fez, talvez uns 4000km..

Foi uma das razões de eu perguntar pela qualidade deste óleo Belray, ao qual ainda não obtive qualquer opinião sobre o mesmo... 

As únicas pessoas que sei que usam óleos BelRay, são os users gomes_tiago e Prendas que usam o BelRay EXP e EXS respectivamente.

Pois, não deve de ser um óleo muito comum.. Para já a mota tá a andar como nova, muito menos vibração, muito mais suave... Pelo menos com este óleo (não sei se é com este ou com todos), apesar de 100% sintético, nem tento chegar aos 12k recomendados pela marca... O outro com nem 6000 já estava uma lástima, e tinha boa cor ainda (mais escura, mas ainda dourada)..