Investigadores do Instituto de Sistemas e Robótica da Universidade de Coimbra (ISR/UC) desenvolveram a primeira «scooter» portuguesa totalmente elétrica que, através de tecnologia inovadora, permite configurar o sistema de propulsão ao gosto de cada utilizador.
As inovações presentes no protótipo incluem a comunicação entre o grupo propulsor, o controlador (um ‘tablet pc' com sistema operativo Android), as baterias ou o carregador através de um sistema sem fios (bluetooth).
A ‘scooter’ foi «pensada e desenvolvida num contexto de utilizador urbano. Todos os principais dispositivos comunicam entre si, permitindo fazer uma gestão inteligente do conjunto», disse à agência Lusa Ana Vaz, coordenadora do projeto.
O protótipo possui três modos de utilização - Eco, Sport e Safety - «completamente configuráveis» e dispensa a tradicional chave, utilizando um cartão sem o qual a moto não funciona e que insere no sistema de controlo do perfil de cada utilizador.
«Uma família pode ter três ou quatro cartões: os pais podem andar num modo que permita a velocidade máxima e os filhos, com a chave em modo ‘Eco', podem acelerar ao máximo que a moto não ultrapassa os 60 km/h», exemplificou Ana Vaz.
A investigadora admitiu que a equipa que lidera «não foi regrada» ao construir o protótipo em termos de custos, nem ele foi pensado, à partida, como modelo de negócio.
«Mas, como protótipo, tem um preço excecional, equivalente ao preço de entrada de gama de uma ‘maxi scooter’ de 200 ou 400 cm3 de cilindrada», com preços que «rondam os 5 mil euros», frisou.
Ana Vaz avançou ainda que o protótipo desenvolve uma potência de 13,6cv numa utilização normal, podendo atingir picos de 28cv em utilização «mais intensa».
Com a carga de bateria completa, a autonomia varia entre os 70 km «em utilização mais aguerrida, com muitas subidas e descidas e os 140 km em utilização económica», referiu a investigadora.
Fonte: autoportal