Nos passados dias 16 e 17 de Fevereiro, a nova Moto 2 da Blusens BQR esteve no circuito de Cheste, para efectuar os primeiros testes em pista ao seu protótipo equipado com motor Honda. Na realidade, esta não foi a primeira vez que este protótipo andou em pista, pois ainda há uma semana atrás rodou no Circuito Parc Motor de Castellolí, dias que serviram apenas para a equipa tomar contacto com a moto.

No primeiro dia de testes, segunda-feira, Dani Rivas – que participará este ano no Campeonato Espanhol de Velocidade aos comandos desta Honda BQR Moto2 – só conseguiu efectuar 15 voltas ao circuito de Cheste, devido ao mau estado em que ficou a pista após a queda de chuva durante a noite e manhã.

Já no segundo dia de testes, a equipa aproveitou o dia de sol e uma temperatura mais alta, para iniciar os testes a sério. Assim, Dani Rivas, conseguiu efectuar 90 voltas ao circuito valenciano, durante as quais a equipa dedicou os seus esforços a evoluir vários aspectos da moto. Os resultados disso mesmo, foram os tempos alcançados, que estiveram na casa do 1m37s altos, e 1m38s baixos, ou seja tempos muito próximos das motos de supersport que participam no CEV. Porém, o piloto espanhol estava a utilizar na sua Honda BQR Moto2 pneus standard de supersport, o que significa que há espaço para melhorias significativas.

Para a Direcção Técnica e Desportiva da Blusens BQR, estes dias de testes foram muito bons, pois tudo decorreu sem problemas nem qualquer incidente, o que permite à equipa continuar com os seus testes de desenvolvimento da moto, que estão previstos que continuem no próximo mês de Março, no circuito do Estoril. Para já, a equipa espera para saber se a DORNA e a RFEM – Real Federação Espanhola de Motociclismo – confirmam a possibilidade das Moto2 participarem nas corridas do CEV, que começam em Abril, no circuito de Albacete.

Para Dani Rivas este foi o começo do desenvolvimento da moto, o que significa que ainda há muito trabalho pela frente, tanto para o piloto como para a equipa

“Estou muito contente e surpreendido com o comportamento da moto, que demonstrou ser mais rápida que uma moto de supersport e mais radical. Os travões são magníficos, e permitem travar mais tarde e mais forte. Isso, juntando ao facto que esta moto pesa menos 25 kg que uma de supersport e oferece uma passagem em curva mais rápida. O motor tetracilindrico da Honda funcionou muito bem. Tem muitas baixas e altas, e potência não falta! Agora temos de trabalhar mais a ergonomia, efectuar algumas modificações, pois dadas as dimensões da moto e a sua posição de condução, eu estava um pouco forçado.”