A Dorna já tem a sua vida mais facilitada para compor o calendário do Mundial de Velocidade das temporadas de 2012 e 2013, pois os circuitos de Jerez de La Frontera e o Circuito das Américas, nos Estados Unidos, viram os problemas financeiros finalmente debelados. Também o circuito de Valência irá sofrer alterações profundas.

Quanto a Jerez de La Frontera, a situação em que o popular circuito espanhol estava resume-se praticamente a uma dívida que, com o GP de 2011, ascende já a 45 milhões de euros. A impossibilidade de pagar esse valor levou a que muitas dúvidas fossem colocadas em relação à realização do GP em 2012 mas, a alcaide de Jerez, María José García-Pelayo, garantiu através de um comunicado que a prova vai mesmo realizar-se.

A Dorna não deverá conseguir recuperar o valor que o circuito tem em falta – 6 milhões de euros relativos à taxa de inclusão do circuito no calendário, mas por outro lado, garante que se realiza uma das mais populares rondas de MotoGP, e os proveitos de publicidade e vendas de bilhetes, para além de muitas outras coisas, devem “amortizar” um pouco a dívida.

No entanto, a Dorna relembra que Jerez de La Frontera ainda não tem um novo contrato assinado com os responsáveis pelo Mundial de Velocidade (tal como acontece com o Autódromo do Estoril), mas a situação deve ficar resolvida em breve.

Já a situação do Circuito das Américas ficou finalmente clarificada após o Mundial de Fórmula1 confirmar que irá passar pelo novo circuito texano, debloqueando as verbas governamentais que entretanto estavam bloqueadas e, inclusivamente, colocaram os trabalhos de construção do circuito em “modo de pausa”.

A construção das instalações do circuito americano já recomeçou e tudo parece estar resolvido, com a ronda a poder entrar no calendário de MotoGP a partir de 2013.

Por fim, o circuito Ricardo Tormo em Valência.

Esta é tipicamente a última prova de cada temporada do mundial mas, este ano a críticas ao estado “miserável” do asfalto por parte dos pilotos, levaram a que os responsáveis do circuito (Município de Valência), tenham agora em cima da mesa duas opções: ou colocam nova camada de asfalto na totalidade do circuito actual, ou então têm de redesenhar o traçado valenciano.

Uma reunião será realizada hoje, 14 de Dezembro, para se decidir o que vão fazer. Basicamente a escolha está entre pagar quase 1,5 milhões de euros por novo “tapete” de asfalto, ou então cerca de 5 milhões de euros para redesenhar o traçado e novo asfalto.

A escolha parece recair mais para o lado de redesenhar grande parte do “miolo” de Valência e, também acabar com um dos pontos emblemáticos, a curva 13, a subida com curva para a esquerda e que depois desce para a última curva antes da recta da meta.

Se o novo desenho do “miolo” do circuito não causa grandes dúvidas, já a secção final será uma perda para os fãs e pilotos, pois é um local em que os fãs assistem às maiores atravessadelas das motos e os pilotos tentam as manobras quase em desespero para conquistar posições.

Qualquer que seja a solução adoptada em Valência, os pilotos vão ter o que desejam: novo asfalto.



Fonte:Motociclismo