Além de ficarmos a conhecer este fim-de-semana os primeiros campeões de 2011 do Nacional de Velocidade, no Autódromo do Estoril houve importantes novidades na “classe-rainha” da Velocidade nacional, pois os triunfos de Tiago Dias e Fernando Costa nas duas mangas, aliados a uma queda de Tiago Magalhães, deixam a luta pelo título de Superbike plenamente em aberto para a jornada final, a 16 de Outubro em Portimão.
Esta sexta jornada do Motosport Vodafone foi a penúltima pontuável para os Campeonatos de Superbike e Stocksport 600, mas a derradeira para as restantes classes – 125cc GP, 85cc, Troféus Promomoto e Clássicas.
Em Superbike, Tiago Magalhães perdeu grande parte da vantagem acumulada na liderança do Campeonato, pois no Estoril foi 4.º numa corrida, mas na outra desistiu por queda. Assim, entrará na jornada decisiva em Portimão só com 10 pontos de vantagem sobre Tiago Dias, e 14 para Fernando Costa, este o mais pontuado no Autódromo.
Na primeira manga, entre 14 pilotos, logo à segunda volta Tiago Dias instalou-se no comando, seguido de Fernando Costa. Os dois pilotos mantiveram esse posicionamento até à meta, que Dias cruzou 4,7s mais cedo. José Leite foi 3.º classificado, mas só ascendeu a essa posição na antepenúltima volta, ao ultrapassar Tiago Magalhães.
O início da segunda manga trouxe grandes novidades, pois o líder do Campeonato, Tiago Magalhães, desistiu por queda logo na primeira curva do circuito. Já Tiago Dias comandou até à oitava volta, quando cumpriu uma passagem pela linha de boxes, devido a envolvimento na queda de Magalhães. Porém, fê-lo em excesso de velocidade, e por isso o seu tempo final de prova foi acrescido em 20 segundos de penalização, ficando assim classificado no 5.º lugar. Entretanto, Fernando Costa impunha-se na dianteira para vencer destacado, batendo José Leite por 9,8s. Com a penalização de Dias, André Carvalho subiu ao 3.º posto, diante de Nuno Cachada.
A corrida de Stocksport 600 reuniu em pista 25 concorrentes e teve um único comandante, Ruben Nogueira, muito aplicado para resistir à forte pressão exercida por Tiago Araújo e Nélson Rosa. Este subiu ao 2.º lugar sensivelmente a meio da prova, mas Araújo recuperou a posição na penúltima volta. Com este triunfo, Nogueira reduziu para 8 pontos a sua desvantagem face ao guia do Campeonato, Tiago Araújo, pelo que também nesta classe o campeão apenas será conhecido em Portimão.
A corrida conjunta das classes 125 GP e 85cc envolveu 13 pilotos. Ivo Lopes dominou claramente as operações para vencer destacado. Porém, André Pires tinha igualmente motivos para sorrir, pois sagrou-se campeão de 125cc. Nesta prova foi 2.º classificado, batendo apenas por 102 milésimos o rival, Angel Dominguez.
Muito intenso foi também o duelo entre Pedro Nuno e Tiago Guerreiro nas 85cc. Este ainda conseguiu surpreender momentaneamente o opositor na penúltima volta, mas Nuno reagiu bem e depressa recuperou o comando, vencendo ao sprint por 85 milésimos. Além disso, Pedro Nuno conquistou o título nesta classe.
No Troféu Promomoto 1000 havia três candidatos ao triunfo global na competição, só dependentes de si próprios. Desde o início Filipe Carvalho surgiu a capitanear o pelotão de 19 pilotos, e liderou sempre para ganhar a prova e o Troféu. Após algumas escaramuças, o ordenamento dos homens da frente estabilizou a partir da quinta volta, com Pedro Monteiro no 2.º posto, seguido de Fernando Neto e Nuno Caetano. Além deste último, o outro candidato ao título, Paulo Brandão, rodou algumas voltas no 5.º posto, mas na sexta baixou para décimo quando teve de cumprir uma passagem pela linha de boxes, devido a falsa partida, acabando no 7.º lugar.
Conforme é hábito, a corrida de Motos Clássicas disputou-se no Sábado à tarde. Hermano Sobral já tinha antecipadamente garantido o título na classe principal, a C3 – um facto oportuno para ele, pois nesta prova desistiu à terceira volta, devido a problemas na sua máquina. Entre 13 pilotos, Nuno Caetano começou por rodar duas voltas na dianteira, até ser passado pelo futuro vencedor, David Gonçalves. Já na derradeira passagem à pista o espanhol Javier Aguado desalojou Caetano do 2.º posto. Na classe C2, José Barbosa impôs-se no Estoril, diante do vencedor do Troféu nesta classe, João Leandro. Quanto à C1, o melhor representante nesta prova foi Fernando Martins.
Fonte:Motociclismo