A selecção nacional de Trial já está a postos para mais uma participação no Campeonato do Mundo por países. Este ano o Trial das Nações (TdN) disputa-se em Itália, em ambiente alpino, e a equipa das quinas pretende melhorar o seu desempenho nesta competição.

A 28.ª edição do Trial das Nações vai realizar-se em Tolmezzo, cidade italiana situada a Norte de Udine, perto das fronteiras com a Áustria e a Eslovénia. Neste local já se disputou uma prova do "Mundial" individual, em 2008, e portanto existem algumas importantes referências: em cenário montanhoso, pedra e terra escorregadia devem pontificar nas zonas de obstáculos.

Depois da intervenção das equipas femininas na Sexta-feira (Campeonato da Europa) e no Sábado, os homens efectuam a sua prova no Domingo, dia 18. Como é habitual no TdN, vão cumprir duas voltas consecutivas a dezoito zonas de obstáculos.

Desde 1995 que as selecções masculinas são divididas em dois grupos. As grandes potências da modalidade – seis, este ano – disputam o principal Troféu, enquanto as restantes concorrem ao designado Troféu Internacional, para o qual estão inscritas equipas de 16 países.

Portugal alinha no TdN pela décima oitava vez consecutiva. Este ano, a representação nacional está a cargo de Pedro Sousa, Pedro Maia, Diogo Vieira e Filipe Paiva – precisamente, os pilotos que ocupam os quatro primeiros lugares no Campeonato Nacional de 2011, quando faltam disputar ainda duas provas.

Todos os membros do quarteto luso já têm experiência deste Campeonato do Mundo por países, embora em graus diferentes. Pedro Maia vai concretizar a sua décima terceira participação no TdN, Pedro Sousa alinha pela quinta vez, Diogo Vieira pela terceira vez, enquanto Filipe Paiva cumpre a sua segunda presença, cinco anos depois da experiência anterior a este nível.

Em termos de objectivos, torna-se difícil afirmar um prognóstico, pois alguns países nem sempre têm marcado presença nos últimos anos, em prejuízo da aferição de rendimento entre eles. Assim, recorde-se que o melhor resultado de Portugal no Troféu Internacional é o 7.º posto obtido em em 2007, seguido de dois 9.º lugares (em 2005 e 2006) e três décimos. Na edição do ano passado, a equipa nacional terminou na 12.ª posição. Assim, o quarteto lusitano está motivado para dar o seu melhor, tentando concretizar o regresso ao "top 10" nesta competição.



Fonte:Motociclismo

A equipa lusa (a contar da esquerda): Diogo Vieira, Filipe Paiva, Pedro Maia e Pedro Sousa


Portugal alcançou o 12º posto no Troféu Internacional do Trial das Nações, repetindo assim o resultado obtido na edição anterior deste Campeonato do Mundo por países. A prova disputou-se em Itália e ficou assinalada pela chuva intensa – caída durante a fase inicial, e outra vez já perto do fim – a dificultar bastante a acção dos concorrentes.

Esta 28.ª edição do Trial das Nações desenrolou-se em Tolmezzo, cidade italiana a norte de Udine, já em cenário alpino. As zonas de obstáculos eram maioritariamente concebidas com recurso a terra muito escorregadia, e esta característica acentuou-se devido à chuva intensa que acompanhou o pelotão durante a primeira metade da volta inaugural. As zonas ficaram enlameadas e com regos, em prejuízo da tracção. Depois o tempo melhorou, mas a chuva regressaria na ponta final da segunda volta.

Em difíceis condições de aderência, a equipa lusitana fez a sua prova, mantendo o 12.º lugar no Troféu Internacional entre selecções de 16 países – mais uma que na edição de 2010. O quarteto português foi constituído por Pedro Sousa, Diogo Vieira, Pedro Maia e Filipe Paiva, e a pontuação final poderia ter sido melhor sem dois percalços registados no início da segunda volta, quando Paiva sofreu um furo no pneu traseiro, o mesmo sucedendo com Maia mas no pneu dianteiro.

Apesar dos condicionalismos adversos, climatéricos e de terreno, e dos supracitados contratempos, os quatro lusitanos tiveram desempenho positivo, ficando globalmente apenas a 40 pontos da equipa suiça, muito mais familiarizada com o tipo de terreno, e assegurando a 12.ª posição com 8 pontos de vantagem sobre o Canadá.

Como é habitual nesta competição – disputada em duas voltas a 18 zonas de obstáculos – as selecções competiram repartidas em dois grupos. O lote das principais potências reuniu seis equipas, com a Espanha a alcançar a vitória pela oitava vez consecutiva, seguida da Grã-Bretanha e Itália. O outro grupo, composto por formações de dezasseis países, disputou o Troféu Internacional, ganho pela Alemanha, diante da Suécia e República Checa.

Classificações – Troféu das Nações

1.º Espanha, 111 pontos;
2.º Grã-Bretanha, 129;
3.º Itália, 135;
4.º França, 233;
5.º Noruega, 343;
6.º Japão, 354.

Troféu Internacional

1. Alemanha, 111;
2.º Suécia, 129;
3.º República Checa, 135;
4.º Austrália, 161;
5.º Bélgica, 168;
6.º Finlândia, 186;
7.º Estados Unidos, 186;
8.º Áustria, 197;
9.º Irlanda, 204;
10.º Polónia, 237;
11.º Suiça, 291;
12.º Portugal, 331;
13.º Canadá, 339;
14.º Eslováquia, 355;
15.º Letónia, 384;
16.º Dinamarca, 406.




Fonte:Motociclismo