O circuito alemão de Sachsenring recebeu hoje as duas sessões de treinos livres da categoria de MotoGP. Sob temperaturas quentes, os pilotos tiveram de se debater com um adversário inesperado: o pneu frontal da Bridgestone.
A luta pelo melhor tempo apenas ficou decidida na tentativa final de Marco Simoncelli na segunda sessão livre que se realizou hoje à tarde. O piloto da San Carlo Honda Gresini esperou até ao último momento para produzir uma volta em 1’22.225s, relegando o campeão do mundo em título, Jorge Lorenzo em Yamaha, para a segunda posição mas apenas a 0.095s de Simoncelli.
Mais uma vez as motos da Honda com o apoio de fábrica do HRC dominaram os acontecimentos. Do terceiro ao quinto tempo os lugares ficaram distribuídos por Dani Pedrosa, Casey Stoner e Andrea Dovizioso respectivamente.
Quanto à Ducati a salvação continuam a ser as prestações de Nicky Hayden que, terminou o dia em 6º, mas já a mais de meio segundo de Simoncelli. Quanto ao seu companheiro de equipa e uma das estrelas de MotoGP, Valentino Rossi, foi mais um dia para esquecer…
Pelo segundo fim-de-semana consecutivo o piloto italiano vai ter de encontrar as soluções para os problemas da Desmosedici GP11.1 sem a ajuda de Jeremy Burgess, ainda ausente devido a doença da sua esposa que se encontra na Austrália. Para além de ter de afinar a moto, Rossi irá participar no resto do GP alemão com um cotovelo magoado, resultado de uma queda na sessão matinal e que motivou os protestos de várias personalidades em relação à performance do pneu frontal que a Bridgestone disponibilizou em Sachsenring.
Na manhã de hoje registaram-se cinco quedas aparatosas que envolveram alguns dos pilotos de topo: Rossi, conforme já foi referido, Casey Stoner num violento “high-side”, Toni Elias por duas vezes e, por fim, Dani Pedrosa.
Todas as quedas foram registadas na mesma curva (à excepção da segunda de Toni Elias), a 11, uma direita muito rápida, e rapidamente se chegou à conclusão que o problema era que o pneu da frente da Bridgestone não estava a ganhar temperatura como deveria acontecer normalmente.
Ainda não foi divulgado se a marca de pneumáticos irá transportar até ao circuito alemão um camião com um novo lote de pneus, mas essa é uma possibilidade que está em aberto de forma a evitar que as quedas continuem a acontecer.
Miguel Oliveira com dificuldades
Thomas Lüthi foi o mais rápido nas Moto2 e, em 125 cc, num dia dominado por Nico Terol, Miguel Oliveira teve dificuldades no revirado circuito alemão, sendo 16º no livre da manhã e 29º à tarde, obtendo apenas o 28º melhor tempo no cômputo das duas sessões. “As coisas não me correram não me correram como queria, e teremos de trabalhar no duro para conseguir que melhore esta situação. Neste momento temos um problema com o trem dianteiro, o que não me permite fazer bem as trajectórias num circuito tão sinuoso como este, e está a ser muito complicado. Não estou contente porque estamos a perder mais de dois segundos relativamente aos tempos da frente, mas amanhã lutaremos por fazer um melhor resultado, e estou certo de que iremos conseguir”.
Fonte:Motociclismo