Rui Gonçalves terminou o Campeonato do Mundo de Motocross no 11.º lugar da classe MX1. Um bom resultado na época de estreia do piloto português na “classe-rainha” do “Mundial”, tanto mais que não participou nas duas primeiras provas da temporada. A derradeira prova foi o G.P. de Itália, no qual Gonçalves foi 8.º classificado.
A décima quinta e derradeira jornada do "Mundial" de Motocross disputou-se em Fermo, Itália, e Rui Gonçalves ficou à beira de concluir o Campeonato no "top 10", falhando esse desempenho apenas por um ponto. Apesar disso, o lusitano produziu uma campanha deveras positiva na sua estreia em MX1, nomeadamente na segunda metade da época, quando conseguiu recuperar o seu ritmo competitivo normal.
Convém recordar que Gonçalves foi submetido a um intervenção cirúrgica no "defeso", que custou a ausência nas duas primeiras provas do Campeonato, entrando em acção com um ritmo naturalmente inferior aos dos adversários. Os resultados foram claramente superiores na segunda metade da competição, permitindo ao piloto português subir na tabela até este 11.º lugar final.
Em Itália, Gonçalves entrou bem na primeira manga, surgindo durante quatro voltas no quarto lugar. Travou um animado despique com o seu colega Maximilian Nagl, entretanto baixou algumas posições na tabela e à oitava de vinte a uma voltas fixou-se em definitivo no 9.º lugar.
Na segunda manga começou por surgiu no sexto posto, mas durante a maior parte da corrida oscilou entre os sétimo e oitavo lugares, acabando precisamente por ser 8.º classificado. Os vencedores do dia em MX1 foram respectivamente Steve Ramon e Clement Dessale, enquanto o campeão Antonio Cairoli acabou por desistir diante seu público.
Rui Gonçalves sobre a sua prestação referiu que “ de uma forma geral foi um fim-de-semana positivo. Consegui voltar a ficar, de novo, entre os dez primeiros, um objectivo a que me propus ao longo ano. Porém sinto-me bastante desapontado por ter falhado o décimo posto na tabela classificativa por apenas um ponto.
A pista tinha um traçado peculiar. Era muito rápida e com poucos obstáculos que criassem diferenças de andamentos entre os pilotos, principalmente em termos de trajectórias, por isso era muito difícil fazer a diferença para os adversários.
Penso que depois de tudo o que se passou, com a lesão no ombro que me obrigou a estar tanto tempo parado na pré temporada, com a habituação a uma nova moto e à minha estreia na classe MX1, esta foi uma boa temporada.
O meu próximo objectivo é o Motocross das Nações onde espero vir a dar o meu melhor pela selecção nacional, enquanto que para 2011 irei treinar ainda mais forte mais para estar ao meu melhor nível.”
Na classe MX2 o germânico Ken Roczen ganhou estas as duas mangas finais, mas o francês Marvin Musquin já tinha revalidado o título na classe anterior. Finalmente, em Itália chegou também ao fim o "Mundial" feminino, sendo o título conquistado pela alemã Stephanie Laier.
Grande parte dos pilotos envolvidos no "Mundial" individidual têm ainda um importante compromisso pela frente – o Motocross das Nações, que constitui o Campeonato do Mundo por países, a disputar nos Estados Unidos no último fim-de-semana de Setembro. Rui Gonçalves lá estará, integrando a selecção portuguesa, para a qual também estão convocados Luís Correia e Hugo Basaúla.
Assim ficou o Campeonato:
MX1: 1.º Antonio Cairoli (KTM) 625 pontos; 2.º Clement Desalle (Suzuki) 537; 3.º
David Philippaerts (Yamaha) 502; 4.º Maximilian Nagl (KTM) 498; 5.º Steve Ramon (Suzuki) 491; 6.º Tanel Leok (Honda) 356; … 11.º Rui Gonçalves (KTM)269; etc.
MX2: 1.º Marvin Musquin (KTM)635; 2.º Ken Roczen (Suzuki) 574; 3.º Steven Frossard (Kawasaki) 478; 4.º Zach Osborne (Yamaha) 397; 5.º Joel Roelants (KTM) 396; 6.º Jeffrey Herlings (KTM) 391; etc.
Senhoras: 1.ª Stephanie Laier (KTM) 299; 2.ª Livia Lancelot (KTM) 273; 3.ª Larissa Papenmeier (Suzuki) 263; 4.ª Chiara Fontanesi (Yamaha) 248; 5.ª Maria Franke (KTM) 222; 6.ª Natalie Kane (KTM) 189; etc.
Fonte: Federação de Motociclismo de Portugal