O “jet lag”, cujos sintomas estão normalmente associados a longas viagens de avião, desta vez atingiu os viajantes que integram o projecto “RUSSIA, THE WORLD’S LONGEST ROAD”. Aconteceu na etapa que ligou Erofey Pavlovic a Cita, num percurso de 757 km.
Aqui fica o relato da etapa:
“Algo começou a mudar à medida que começamos a descer para Cita, contornando a Manchuria chinesa. Atrasamos o relógio uma hora, passando de dez para nove horas a diferença horária com Portugal.
Mas mais do que isso, a monotonia da paisagem vacilou. A invencível taiga pareceu recuar e ficar para trás. Abriram-se clareiras, alargou-se o horizonte, apareceram serras e relevo no horizonte. Surgiram bosques e prados, montes cobertos por um tapete verde, quase artificial. Mas não, é com certeza um verde natural e feliz por estes dias de luz antes do rigor do frio que o queima e cobre durante quase todo o ano. Choveu, e tornou a chover. Alguns buracos fizeram sofrer os pneus e suspensões, para além dos cerca de 150 km de terra e pó, obras, maquinaria e alcatrão derretido.
O dia, que nos premiou com uns doces 12ºc, arrependeu-se, e fomos arrepiando no caminho até aos 7ªc do final do dia. A parte final da etapa foi dolorosa por causa dos últimos 250 km quase sinuosos através de serras baixas, batidos por lombas sucessivas e placas de alcatrão desniveladas, cegos pelas sombras e pelo sol que nos chocava de frente.
Chegamos a Cita quase de noite, o que quer dizer cerca das 22.30h. A enorme diferença horária, a mudança de horas consecutiva e o prolongar da luz do dia até tão tarde, baralham-nos constantemente os nossos relógios naturais, e por isso quase ficamos sem jantar. Um ar frio corria pelas ruas de Cita, enquanto procurávamos algo para comer.”
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Fonte:Motociclismo