Famel. Aposta de nível Europeu

Esta reportagem foi integralmente retirada de uma Revista Motociclismo de 1991. O texto e as fotos são da responsabilidade do Jornalista Alberto Pires.



A indústria de Ciclomotores e Motociclos tem registado a nível mundial um crescimento e desenvolvimento proporcional das necessidades de mercado. Estes alteraram-se significativamente nos ultimos anos, criando novos padrões estéticos e mecânicos. Conhecedora das novas regras, a Famel desenvolveu e apresentou duas novas propostas neste segmento. A Scooter Faxion e a Olimpic 92.



A Famel é hoje uma marca solidamente implantada no mercado nacional. Dispondo da maior rede comercial instalada no país, detém cerca de 30% do mercado das 50cc, e se considerarmos apenas a produção nacional, este valor sobe para os 50%. Se estes números já indicam algo relativamente à capacidade produtiva da casa de Águeda, a visita que nos foi proporcionada às suas instalações fabris, permitiu descobrir o enorme potencial técnico de que dispõe.

Nos seus 51.000m2, dos quais 15.000 já cobertos e 3.000 em fase de acabamento para o sector comercial, encontramos uma linha de produção completamente autónoma. A prová-lo o facto de estar dotado de equipamento informático CAD, no qual se projectam todos os elementos necessários à realização dos seus modelos, dos robots de soldadura, de tornos computurizados para o fabrico de ferramentas, moldes e peças, do departamento de injecção de plásticos, tratamento de superficies e pintura.



O Robot de soldadura é uma das inovações a nível nacional em termos de fabricação de veículos de duas rodas.

A garantia da qualidade é assegurada através de um completo laboratório de testes onde se comparam os componentes saídos da linha de produção com o projecto inicial. É feita uma selecção diária, e através de processos computurizados, são verificados ângulos, cótas e resistência superficiais. Esta capacidade deu origem aos grupos propulsores das novas propostas da Famel.

Os novos motores, monocilindricos a dois tempos, com arranque electrico, embraiagem centrífuga e sistema de mistura separado, serão o cavalo de batalha da marca para se impôr no mercado. A sua concepção actual permitirá concorrer de igual para igual neste capitulo com as restantes marcas.

As suas qualidades foram já apreciadas ao ponto de poder vir a equipar modelos de outros construtores, o que mostra a validade do projecto.



Na máquina de fabrico de peças em alumínio, são executados muitos dos componentes metálicos dos produtos da Famel.

Faxion:
O potencial mercado aberto com as Scooter levou a Famel a criar a Faxion. Dotada de um visual agradável e estando dotada de todos os requisitos necessários em termos de equipamento, acreditamos que será um dos modelos a ter em conta por parte dos clientes do género.
A surpresa verificou-se durante o breve contacto dinâmico que nos foi proporcionado. A Faxion é muito mais cómoda que as suas concorrentes. Para tal, contribuiram de forma decisiva o banco, as suspensões e a boa posição de condução. A travagem e a maneabilidade situam-se dentro da média, sobressaindo, isto sim, a generosidade do motor.

Apesar de dotado de uma relação final bastante longa ( será reduzida), mostrou uma boa aceleração. Com a desmultiplicação definitiva será com certeza, dos modelos com melhores prestações em termos de arranque e recuperação. A juntar ao bom desempenho o reduzido nível sonoro, contribuindo desta forma para o prazer de condução e dignidade da imagem do motociclo.





Estes cárteres esperam fazer parte dos motores que por vocês serão comandados.

Olimpic 92:
Este modelo da Famel pertence a um grupo diferente de motociclos. Bastante em voga à alguns anos atrás, as "aceleras" foram desaparecendo gradualmente dos catálogos dos fabricantes. No caso da Olimpic, o facto de oferecer espaço debaixo do banco para acondicionar um capacete, deitará por terra um dos argumentos contra esta classe. O facto de ser mais estreita que as scooter, joga em seu favor no trânsito citadino, para além de ser mais estável e maneável devido ao tamanho das rodas e altura do conjunto. Esta problemática fica, no entanto, por conta do utilizador.





Esta complexa máquina computurizada, serve para estampar e corte dos materiais plásticos.

A Olimpic é bonita e a qualidade aumentada através do espaço destinado para o capacete debaixo do banco e tal como a Faxion é dotada de arranque electrico. Na curta distância percorrida foi ainda assim facil apercebermo-nos de um comportamento correcto do conjunto sobressaindo, tal como na Scooter, o comportamento exemplar do motor. É este, sem dúvida, o grande trunfo da Famel.



O Eng.º Sena Fonseca ( à direita) na secção de desenho CAD (Computer Aided Design).



Presente durante a apresentação dos novos modelos, o "team" composto por A. Leite Faria e Jorge Duarte viu confirmado e reforçado o apoio da Famel, uma união que tem dado os melhores resultados.


Fonte: www.motorizadas50.com

Fosga-se... sem duvida a moto continuou linda...

Para mim as marcas nacionais falharam, por dois motivos.
1º o design
2º a mentalidade dos portugueses do que é estrangeiro é melhor que o nosso.

Aqui nesta reportagem, vê-se que a famel tinha grande qualidade, se não tivessem qualidade elas já não andavam, as DT's as NSR's não aguentam o que uma Famel e uma casal aguentam.
Eu quando tinha 16 anos queria uma casal magnum.
era uma naked moderna, com motor casal de 6 refrigeração liquida e 10cv.
suspensões marzocchi, e um design muito agradavel.
Davam um cargão as japonesas e ás italianas.
Quantas magnum se viram por aí?
Poucas. Tudo comprava DT's

Ehhhhh Máquinão aí... Espetáculo, já nem me lembrava disto.

A parte da mentalidade é uma grande verdade...

Passadão escreveu:

A parte da mentalidade é uma grande verdade...

E a falta de creatividade tbm...

Voltem as Sachs, Zundapp, Casal e Minarelli, k nos "kotas" tamos ka pra ensinar mais uma vez ...

A minha primeira moto foi uma Famel Zündapp de luxe com motor de turbina e 4 velocidades, comprada nova em 1961.

Actualmente ainda a possuo e nunca me irei desfazer dela, é uma mota que me trás muitas recordações e também porque me é muito especial, foi um presente do meu falecido pai!

Bad4company escreveu:

E a falta de creatividade tbm...

Como disse o design foi um dos factores que nos deixaram para trás.
Quando começaram a fazer esforços acerca disso, já era tarde demais.
Também uma coisa que as marcas nacionais nunca apostaram foi em publicidade, assim as japonesas e as italianas dominaram o mercado nacional.
Enfim mais um exemplo de má gestão, como é normal no nosso portugal

bornwild escreveu:

Como disse o design foi um dos factores que nos deixaram para trás.
Quando começaram a fazer esforços acerca disso, já era tarde demais.
Também uma coisa que as marcas nacionais nunca apostaram foi em publicidade, assim as japonesas e as italianas dominaram o mercado nacional.
Enfim mais um exemplo de má gestão, como é normal no nosso portugal

Design? já repararam naquelas aberrações chinesas que andam por ai? as motos podiam até não serem feitas e vocacionadas para o jovens da época ( Eram motos mais para o velhote),mas o pessoal metia-as todas pipis eu vi no meu tempo cada sachs motozacs lindas lindas o ppl inventava e havia motos muito bem elaboradas ( Julgo que os Designers da Epoca deviam de olhar para as nossas modificações pessoais e ver o que os consumidores procuravam). Nesta crónica tem uma scooter na primeira foto atenção 1990 que nunca a vi ao vivo mas n ficaria de certeza muito atrás da vision. Todo este problema foi a legislação e custo de Fabrico e Design pouco arriscado eram muito conservadores e nunca procuraram ver o que os consumidores queriam em uma moto e também nunca se expandiu para o estrageiro como espanha;Italia ou mesmo china

Ducati Racer escreveu:

A minha primeira moto foi uma Famel Zündapp de luxe com motor de turbina e 4 velocidades, comprada nova em 1961.

Bom 61 foi o ano em que nasci...

nium escreveu:

Design? já repararam naquelas aberrações chinesas que andam por ai?

As chinesas, vão tendo saída, devido ao baixo custo de aquisição. E mesmo assim quem compra, arrepende-se passado uns meses.

TelmoAdriano escreveu:

As chinesas, vão tendo saída, devido ao baixo custo de aquisição. E mesmo assim quem compra, arrepende-se passado uns meses.

Aquilo desaparafusa-se tudo pá e peças é complicado...

e são feias que nem cornos
argh

MOTAS CHINAS E´SO PROBLEMAS JA NAO´BASTAVA O MATERIAL FRACO E´A PARTE ELECTRICA QUE METE OS OLHOS EM BICO E EU QUE O DIGA COM A MOTO4 QUE COMPREI.

Epa coloquem aqui umas fotos dessas ditas cujas chinocas...

maior exito CASAL BOSS 2V txi tive uma com um motor de kinta a 75cc ui akilo voava dava 140kmh kom 14 anitos parecia hj a mh cbr 1000

Já alguem viu, conhece ou ouviu falar de o filme "A Última Famel"?