De acordo com os últimos rumores colocados em circulação, pouco tempo antes de ter início a próxima ronda do Mundial de Velocidade, que se irá realizar este fim-de-semana em Laguna Seca, o mercado de transferências de MotoGP está ao rubro.


Se Ben Spies tem dado que falar nas Superbikes, despertando o interesse de várias marcas envolvidas em MotoGP, a verdade é que a Yamaha poderá apresentar um contrato a Spies, em que, de acordo com a regra de “não haver rookies em equipas de fábrica”, a estrela americana das duas rodas poderia disputar a temporada de 2010 na equipa Tech3, passando em 2011 para a formação de fábrica Fiat Yamaha. Valentino Rossi tem contrato até final de 2010, e Spies poderá tornar-se assim, no “chefe de fila” da Yamaha - tudo dependeria também do próximo passo de Lorenzo...


E a Yamaha ainda tem mais razões agir assim, pois James Toseland e a Ten Kate estarão a conversar sobre um possível regresso do piloto britânico às Superbikes, um campeonato que já venceu por duas vezes, o que deixa um lugar vago na equipa privada Tech3. As conversas para um possível acordo poderão ter tido avanços significativos no último fim-de-semana, em Donington, onde o representante de Toseland foi visto com os directores da equipa holandesa, que já afirmaram até que vão receber Toseland de braços abertos se for essa a sua decisão.

A Ducati e a Honda encontram-se na expectativa, pois o interesse em contratar Spies é muito, e é real em ambos os casos.


No caso da Ducati, a equipa teria de colocar Spies na equipa Pramac, equipa essa que tem os seus dois actuais pilotos sob contrato para a próxima temporada, o que torna a transferência algo complicada logo à partida. Para além disso a marca italiana tem ainda mais dois pontos contra si por resolver, pois no início da actual temporada já recusaram incluir Spies nos seus projectos de SBK, alegadamente devido às exigências salariais do piloto americano, e a Desmosedici tem-se revelado uma moto muito difícil de “domar”, mesmo para pilotos que todos pensavam que o iriam conseguir, como são os casos de Marco Melandri e Nicky Hayden.


Já a Honda encontra-se “desesperada” por voltar a ser uma força dominante no panorama de MotoGP, pois actualmente a sua moto de fábrica encontra-se longe de se poder considerar competitiva. Dani Pedrosa está em fim de contrato, mas tanto da parte do piloto espanhol, como da Honda, a vontade é de prolongar o vínculo. Já Dovizioso encontra-se num patamar diferente, pois foi uma aposta para esta temporada já a pensar num futuro “ataque italiano” ao campeonato, mas se por acaso Spies chegasse à equipa Repsol Honda alguém teria de ser deixado para trás, e tanto Dovizioso, como Spies são dois pilotos muito jovens, com reais aspirações a serem campeões de MotoGP num futuro não muito longínquo.


Para finalizar os rumores, sabe-se que a equipa Honda Scot está a pensar despedir o piloto japonês Yuki Takahashi, que tem tido uma época de estreia da categoria rainha do motociclismo para esquecer, com muitas quedas que têm esgotado o pouco dinheiro dos patrocinadores. A equipa está a passar por problemas financeiros graves, e a recente contratação do antigo piloto das 250 cc, Gabor Talmacsi, e os patrocínios que conseguiu trazer, vieram colocar o japonês numa posição ainda mais precária dentro da equipa. Em principio Takahashi ainda vai estar à partida do GP de Laguna Seca, mas a partir daí irá para o desemprego.

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