Olá, pessoal!
Em 2012, o meu irmão faleceu num acidente que foi reportado aqui no fórum (
neste post).
Hoje estava a falar com amigos do trabalho sobre o acidente, e lembrei-me que, uns meses mais tarde, tinha vindo aqui ao fórum, agradecer pelas vossas palavras de apoio, e explicar qual a mota, e quem era o familiar em questão nas notícias que tinham saído nos serviços de informação.
Reli novamente o post, vi o vídeo que está no youtube, e fez-me viajar para trás no tempo. Não de uma forma má, mais de nostalgia, porque, afinal, não podemos alterar o que passou.
Achei por bem deixar uma actualização da minha parte, não só como forma de relembrar o meu irmão, mas também para me dar a conhecer um pouco mais. Então aqui estou eu, novamente, ao final de quase 12 anos. Não tenho nenhum guião para o que dizer, mas cá vai.
Após o acidente, não voltei a ter uma mota minha durante muitos anos, mas conduzi regularmente a do meu pai (uma Suzuki Intruder 800). Por alguma razão, apenas as motas de pista são tabu lá em casa, ou então o facto de eu ter uma mota minha. Acho que os nossos pais acham sempre que vamos ser mais malucos se as motas forem nossas.
Vivo actualmente na Holanda, e conduzo regularmente uma CBR 1000 RR, que comprei há cerca de 2 anos e meio, e, mais recentemente, uma Honda NTV 650, para praticar umas manobras (caso caia, sempre é uma despesa mais leve). No ano passado, fui na CBR até ao nosso país, e fiz a viagem em 4 dias, para ter algum tempo para descansar. Comecei este ano nos track days e visitas a alguns circuitos icónicos, Nurburgring e Spa. Ando também a dedicar-me a ter cursos de condução em pista, segurança, motocross e flat track.
Quando comprei a CBR, em 2021, vinha com a ideia de que já andava de mota desde puto, desde os meus 15 anos, e que então já tinha muita experiência. Assim que comecei a praticar manobras de baixa velocidade, foi quando finalmente me apercebi que horas na mota não se traduzem propriamente em experiência em todas as áreas.
Não sei que mais dizer, de momento, além de vos agradecer por todo o apoio que mostraram há muitos anos atrás. Estou aberto também para qualquer pergunta que possam ter.
Um abraço,
João