Passar o dia num autódromo aprimorando as técnicas de condução e trocando experiências com amigos é das coisas mais divertidas que se pode fazer com uma moto desportiva. Mas como em tudo, existem regra que devem ser cumpridas.
Com a popularização dos “Track Days”, cada vez mais existem adeptos do motociclismo que fazem filas nas saídas das boxes para entrar na pista, muitos deles pela primeira vez. Por falta de instrução ou simplesmente falta de civismo, o dia poderá acabar mal, com um piloto no chão e uma moto destruída.
A pensar nisso, fiz uma seleção dos sete erros de comportamento mais graves e comuns.


1 – Deixar o ego falar mais alto.

Num dia de competições regulares, nas quais um determinado número de pilotos está na pista, é altamente improvável que tu sejas o mais rápido de todos. Tendo isso como ponto de partida, não te comportes como se estivesses disputando um campeonato mundial ou como se precisasses impressionar alguém.
Num Track Day, interagimos com muitas outras pessoas. Respeitar o espaço dos demais é essencial e se estiveres a ser mais rápido que os outros, faz ultrapassagens com cautela. Uma aproximação inesperada pode assustar o piloto que vai à tua frente. Lembra-te que os espelhos retrovisores são retirados.


2 – Atrapalhar os outros pilotos.

A maioria dos usuários de Track Days não está a competir com quem vai à sua frente e sim contra si mesmo, pelo cronômetro. Perturbar outro piloto sem o consentimento deste só irá desconcentrá-lo e atrapalhá-lo, originando a conversas não muito agradáveis nas boxes.
Assim sendo, dá passagem quando perceberes outro piloto mais rápido na tua traseira. Da mesma forma, tem calma para ultrapassar.


3 – Falta de respeito com o próximo.

Ter pago o Track Day não te dá o direito de te comportares de uma maneira diferente. Os outros pilotos devem ser respeitados, assim como os comissários de pista, as bandeiras, o limite de velocidade dentro do pit line e padoc.
Existe um briefing no inicio do dia no circuito, ou seja, um momento em que os organizadores do evento conversam com os pilotos sobre normas e procedimentos que devem ser cumpridos. Não faltes ao briefing! Todas as corridas do mundo tem um briefing, seja em Portugal ou no MotoGP.


4 - Acreditar que ninguém pode te ensinar nada de novo.

Se tu estiver disposto a abrir olhos e ouvidos é bem provável que aprendas com alguém que te dispense um conselho, ou partilhe uma informação importante. Por outro lado, não dar ouvidos a ninguém, além de não te ensinar nada é uma abordagem que te impedirá de crescer como piloto.
Como não se está a disputar nada, ninguém vai achar-te inferior se simplesmente seguires atrás de outro piloto mais lento. Isso, às vezes, pode te trazer informações que te tenham escapado, sobre tragectórias, pontos de travagem ou outra referência. Lembra-te que existem muitos estilos de condução diferentes.



5 - Acreditar que a diversão é proporcional ao equipamento que tem.

Esse erro é muito comum e acontece com praticamente todos, em maior ou menor medida. Quando começamos a fazer algo que gostamos, caímos na tentação de gastar dinheiro, na maioria das vezes em coisas que não nos ajudam a ser mais rápidos.
É claro que cada um faz o que quiser, mas aprender a divertir com o que se tem é uma arte. Lembra-te que motos menos potentes também tendem a serem mais maleáveis. E menos potência pode ser extremamente útil até tu ganhares a prática suficiente. Afinal, de que adianta ter uma moto potente se não consegues domá-la?


6 – Preparar a sua moto, mas não o teu corpo.

Compraste pneus novos, conseguiste ganhar 5 cavalos extras no motor e estás ansioso para experimentar uma nova técnica que um amigo te ensinou. Por outro lado, não fizeste nenhum exercício físico nos últimos meses e estás acima do peso. Isso não é bom, nada mesmo!
Existe uma razão para os pilotos são os atletas mais fisicamente preparados do mundo. Para uma condução de alto nível o preparo físico é necessário, não apenas para extrair o máximo do equipamento, mas também para tua própria segurança. Um corpo cansado não se concentra do mesma maneira e assim tende a cometer erros. E erros, causam acidentes.


7 – Entrar na pista sob efeitos.

De uma vez por todas: drogas (álcool, narcóticos, estimulantes) e motos não são bons amigos em qualquer cenário possível, seja numa estrada pública ou num circuito fechado.
Os organizadores geralmente são categóricos a esse respeito, como é de se esperar. Mas, por incrível que pareça ainda existe gente que se aproveita da falta de fiscalização para consumir o que quiser. Os resultados podem ser desastrosos. Se tu não consegue conduzir sem essas “ajudas” provavelmente não deverias estar num Track Day.

Já tinha lido hoje este artigo e gostei bastante. É tudo verdade

Concordo subscrevo e assino por baixo,apesar de longe das pistas a algum tempo (2013 o último feito)
Vi tudo isso, o pouco que sabia aprendi com mais velhos e pessoas humildes que tiveram o cuidado de me ajudar e aconselhar!
Infelizmente tmb vi algumas pessoas assim como a descrição e a maior parte nunca acabava o dia :/ tenho pena que assim seja,e é algo que sempre existirá enquanto não se quebrar as mentalidades de alguns Rossi´s lá da rua deles enfim!
O meu conselho para quem nunca fez é pedir ajuda sem medos mesmo os mais experientes tiveram de aprender,ler muita info sobre normas de segurança,ter a moto minimamente em bom estado e acima de tudo aprender em segurança rolar com calma nos primeiros turnos do dia pq o dia é longo e ir com calma sem exageros.
Nunca passem da vossa zona de conforto não sabem mais não inventem vão evoluindo gradualmente pois a velocidade em curva e posição de condução iram aparecendo gradualmente sem stress´s 
Acima de tudo  divertimento e chegar ao fim do dia são e salvos e a  abraço e boas curvas

Boa partilha, sem duvida que é tudo verdade...

Verdade!

Mais um débito de conhecimento alto.

E em muitas das referências aplicáveis a momentos de condução em grupo, na estrada.

nunca andei em um track day, apenas tive com colegas meus nas boxes, e sim são conselhos muito uteis .Alias quando fui assistir havia pessoas de cbr`1000 a levar baile de um puto com uma 50 ou 125 , e ficaram fulos ,resultado foram atras do puto e ganharam uma moto nova ... ter uma moto pequena ,não significa que tenha que andar pouco , lá por eu ter uma mil e ele uma 125 ....

(...)

8 - Fazer-se à foto!

Após anos a fotografar TD´s, facilmente concluí que muitos dos participantes, "abusavam" nas curvas em que estavam os fotógrafos, ultrapassando os seus próprios limites, só porque pretendiam que nas fotos aparecessem (ainda mais) inclinados!
Por conseguintes, uma boa percentagem das quedas, aconteciam mesmo nas miras das objetivas!

Estou com vontade de fazer um track day! e esta informação e bastante util
Obrigado por partilhar com quem ainda nunca teve essa experiencia

A maior parte do que esta ai escrito deveria ser senso comum visto que provém do civismo, mas neste mundo pseudo-competitivo ninguém faz caso disso. Anyway, é uma excelente partilha que embora me ponha receosa, tambem me aguça a vontade de experimentar =D

Tiago... em qualquer lugar em qualquer parte do mundo infelizmente isso vai acontecer.. pelo menos o ego.... tentar sempre ser o mais rápido.. não falo so em pista mas em todo o lado... cada um acha-se sempre o melhor de todos.. não na generalidade.. mas há sempre um gajo em todo o lado assim... sempre..  existe sempre um rossi.. um Lorenzo e um marquez.. seja em que lado for

Se tudo correr bem, dia 13 de Agosto vai ser a minha primeira experiencia na pista, sem dúvida que me vou lembrar de tudo o que foi aqui mencionado 

Eu acrescento mais um erro...

errar na hora da inscrição...
há uns anos atrás, fui fazer um track day em Portimão no AIA, tinha-me inscrito nos médios (já que independentemente do meu ego, era a 1ª vez naquela pista) e quando cheguei ao autódromo eles tinham mudado o esquema e teríamos de fazer nova inscrição e em vez de médios, lentos ou rápidos havia supersport, superstock e outra classe.
Lá fiz a minha inscrição onde me pareceu correto e acabei inscrito nos rápidos...
(até aqui nada que assustasse pois achava eu que não teria problemas com a velocidade dos demais)

Numa situação normal não teria, mas o autódromo mudou o esquema porque também iriam fazer os treinos os pilotos do Campeonato Nacional de Velocidade (isso só reparei quando estava em pista)

saí para o 1º turno a adivinhar tudo (pontos de travagem, trajetórias, etc) e a meio da 2ª volta apanho um susto daqueles , sem estar à espera passam-me 2 motas numa travagem quando eu não estava á espera... (pensava eu que até estava a travar bem)
Depois descobri no final da reta da meta que estava a travar uns 50 metros antes que o pessoal do Campeonato de Velocidade (posso dizer que tive o prazer de ser ultrapassado pelo Luís carreira e de estar um pouco com ele na hora de almoço).
Descobri também que os espelhos dão muito jeito num track Day, pois assim que via aquela malta pelo retrovisor, o melhor era dar espaço e deixá-los passar...

No final do dia, o meu ego estava convencido, nunca mais me meto numa igual com pilotos a sério juntos comigo, e se estes tinham o andamento que tinham, imagino o que não seria ser ultrapassado pelo Rea, Sykes e companhia.

Portanto, na hora de se inscreverem vejam bem onde se vão meter.
(ainda assim foi um dia bem passado, e recomendo vivamente)

Boas curvas e bons track days

grande partilha Tiago, já tinha lido em algum lado mas cm já começou a época, nunca é demais lembrar.

tive lá no ano passado e voltarei assim que tenha reunidas as condições necessárias, era para ser já em Março mas já está a ficar curto... 

malta sejam humildes principalmente na pista, onde todos estão a pagar para se divertirem, não para ganhar uma taça  

sei bem que todos querem é saber dos tempos, baixar tempos ou seja ser mais rápido (óbvio), mas acima de tudo um td serve para aprendermos a explorar a nossa mota em segurança e sem os riscos que existem na via publica (carros, animais, pessoas, lixo, areia, buracos, lombas, etc etc ) 

os tempos serve apenas para alimentar ego para a maior parte que faz track days.

há ainda a questão dos grupos, se nunca fizeram td's na vida, não se armem em bons e inscrevam-se no grupo 1, ou seja nos iniciados...foi o que fiz e não me arrependo, pois ao irem para o 2 ou mesmo para o 3, apesar de serem um rossi da roca ou da Arrábida, não tem minimamente noção do que é uma trajectória e regra geral o mais certo é irem atrapalhar quem tem andamento para esse grupo.

Bom
Tirar aqui desta última parte da conversa (pessoal, é suposto darem bons conselhos, e os despiques não são grande conselho para quem está a começar...)
Bem, de qualquer maneira, boas dicas sim senhor, eu adorava experimentar um TD mas, para além de não ter equipamento também não tenho experiência e muito provavelmente também não tenho andamento para a classe 1 sequer, digo eu, não sei ... Mas já agora, que requisitos minimos para experimentar um TD são necessários? 

Obrigado pelos principios éticos Tiago, muito bom, tanto em TD como em estrada ... Respeitarmos os outros sempre será melhor, demonstração de carácter !

andré para o nivel 1 só tens de saber acelarar, travar e inclinar a mota para as curvas... não interessa se fazes 3 ou 2 minutos... 

em termos de equipamento acho que já há um topico sobre isso mas resumidamente é: fato completo (1 ou 2 peças, nesta ultima desde que dê para unir através de fecho), botas, luvas e capacete  

podes ir com a mota de origem, apenas é aconselhado tapar farois com fita, tirar os espelhos, tirar o suporte de matricula e eventualmente piscas para se houver algum azar, não espalhes vidros pela pista.

Edgar_Oliveira escreveu:

andré para o nivel 1 só tens de saber acelarar, travar e inclinar a mota para as curvas... não interessa se fazes 3 ou 2 minutos... 

em termos de equipamento acho que já há um topico sobre isso mas resumidamente é: fato completo (1 ou 2 peças, nesta ultima desde que dê para unir através de fecho), botas, luvas e capacete  

podes ir com a mota de origem, apenas é aconselhado tapar farois com fita, tirar os espelhos, tirar o suporte de matricula e eventualmente piscas para se houver algum azar, não espalhes vidros pela pista.

Pois, eu tinha visto um tópico mas já não sei onde ...
A parte do fato é que me rói o juízo ... Bom, pode ser que este ano consiga arranjar isso, e antes de trocar a minha 600F fazer uma experiência dessas, depois passando para uma 1000RR não sei se não será pior, às vezes não se desligue a ficha em pista e vá ver o chão de pertinho. 

Obrigado

vou-te ser sincero.. com uma 600 aprendes mais depressa pois é mais facil dosear o punho e o valor tmb é menor em caso de algum azar.. eu durante os 2 anos que tive a minha 600F, infelizmente não consegui ir.. fiz-lhe uns 15 ou 20 min kms durante esse tempo mas na estrada, mts passeios e idas para o trabalho.

com a 1000rr digamos que o apetite de autodromo ficou maior e como as possibilidades são outras, lá me aventurei. no topico da minha mota tens la umas fotos com as fibras montadas no ano passado e 1 ou 2 videos da experiência, este ano há mais

André Santos escreveu:

A parte do fato é que me rói o juízo ... Bom, pode ser que este ano consiga arranjar isso

Amanhã ou sábado vou tirar fotos às minhas calças Alpinestars do fato para as meter à venda. Tenho um fato de 1 peça novo e vou despachar as calças que tinha do meu antigo fato.
Tem fecho, dão para unir com qualquer casaco.
Portanto fica atento que pode ser que te interesse.

Bom dia.

Pessoal que costuma ir a Track Days: É normal verem por lá algumas CBR 1100 XX ou algo do género? Imagino que seja uma valente sova fazer pista num bicho deste tamanho.

Alguém que já tenha feito, com este tipo de moto?

Abraço.

é raro mas aparece as vezes, um amigo meu no ano passado foi la de hayabusa empurrar algumas 1000

Pois, em curva deve ser mais lenta mas nas retas n deve ser fácil passar esse bicho, mesmo saindo mais lento da curva.
Estou a imaginar uma ZX-12...que anormalidade que aquilo deve ser...

Já agora, quanto se paga por um track day? Quais são as pistas mais usais? Estoril, Portimão. Braga costuma ter?

problema é depois parar esse monstro, na pista conta bem mais o poder de travagem k propriamente o embalar  

todo o dia 145-155 depende do organizador e se pagas cm antecedencia ou nao, meio dia 75-85€

Edgar_Oliveira escreveu:

problema é depois parar esse monstro, na pista conta bem mais o poder de travagem k propriamente o embalar  

todo o dia 145-155 depende do organizador e se pagas cm antecedencia ou nao, meio dia 75-85€

Sem dúvida, a travagem é a coisa a saber-se fazer melhor. No fim de contas é isso que te mantém no caminho certo.

Meio dia já é mais do que suficiente. Já se deve sair de lá com os braços bem quentinhos. De qualquer forma, a fazer um track day, não vai ser de certeza para saber tempos mas, como já foi dito, é a melhor forma de se aprender mais sobre a nossa máquina e as suas potencialidades de maneira mais segura.
É essencialmente isso que procuro.

Lá terei que me informar sobre isso.

Obrigado.

Ab.

força e sim em meio dia ja sais de la rebentado, eu fiquei 2 dias parecia k tinha sido atropelado