Aqui deixo uma pequena reportagem sobre as famosas largadas de "San firmin" uma pequena amostra desse mundo retrógado! Já sei que estes assuntos normalmente são polémicos, mas não quero saber, é necessário falar-se das coisas e mostrar!!!
Citação :
A Plataforma “La Tortura No Es Cultura” e a “Rede Internacional Anti-tauromaquia” lançam uma campanha que mostra imagens inéditas do que acontece com os touros após os famosos “encierros” (largadas) em San Fermín, Espanha.
A Campanha faz-se acompanhar de um relatório científico realizado pela AVTMA (Asociación de Veterinários Abolicionistas de la Tauromaquia y el Maltrato Animal) sobre o processo e consequente sofrimento por que passam estes animais desde que deixam a ganadaria até que serem levados no caminhão-frigorífico que os leva para a morte.
As largadas (encierros) de San Fermín são seguramente os festejos tauromáquicos mais populares do mundo. Todos os anos, turistas de todo o mundo vão à Pamplona para ver ou mesmo para participar nos ditos encierros. A popularidade deste evento é tal, que até se tentou reproduzi-lo nos Estados Unidos, onde, acabou por ser proibido por questões de segurança.
Não se sabe se em Espanha se dá menos importância à integridade física das/os participantes, mas o que se sabe é que a maioria das/os assistentes destas festas de Pamplona, especialmente os Americanos, Franceses, Alemães, Holandeses, Australianos, Italianos, Russos, Asiáticos e Portugueses, desconhecem a sorte que espera aqueles bovinos depois da largada.
Com a finalidade de revelar esta incógnita, levou-se a cabo um rigoroso trabalho documental durante as Festas de San Fermín – que terminaram na última semana -, e que culminou numa campanha: “Em San Fermín, o Sangue Corre Contigo”, da plataforma “La Tortura No Es Cultura” e da “Red Internacional Antitauromaquia“.
Para Rita Silva, uma das Coordenadoras da Rede Internacional Anti-Tauromaquia e presidente da ONG portuguesa ANIMAL: “Com este estudo e estas imagens já não há desculpa para continuar na ignorância. Quem não sabia da realidade das largadas, fica agora a saber. Informação é poder, e, uma pessoa informada, pode realmente influenciar quem a rodeia e fazer a diferença. Se o não fizer será parte do problema e não da solução”, afirma.
Nesta campanha, as organizações de proteção animal exortam as pessoas a não participarem neste tipo de festejos e pedem um #SanFermínSinCrueldad.
“Queremos informar as pessoas sobre o que acontece com os animais depois da largada”, afirma Marta Esteban, presidente da plataforma “La Tortura No Es Cultura”. “Muita gente não sabe que participando nestas festas está a ser cúmplice da tortura e morte atroz de 48 animais. Pedimos-lhes para que partilhem e rejeitem a violência contra os animais como entretenimento. Este é um passo importante para que se erradique a violência também noutros âmbitos”.
A fotografia, vídeo e design têm realização de Tras Los Muro e fazem-se acompanhar de um estudo científico elaborado pela Asociación de Veterinarios Abolicionistas de Tauromaquia y el Maltrato Animal (AVATMA), que revela o terrível sofrimento do touro desde que sai da ganadaria até que chega à sala de desmanche.
A crueza das imagens é constatada cientificamente pelo relatório científico da AVATMA, que detalha escrupulosamente os efeitos da largada e da lida do animal e põe em causa toda a “teoria” acerca da suposta agressividade do animal.
“Como demostramos no estudo, o sofrimento do touro começa no momento em que é afastado dos seus e fechado durante horas a altíssimas temperaturas numa ”Caixa” às escuras, na qual não se pode mover. Há estudos que demonstram que durante o trajeto os animais podem chegar a perder até 30kg…”, afirma Jose Enrique Zaldívar, presidente da AVATMA e autor do estudo. “Durante o percurso da largada, e devido à situação em que se encontram, e que lhes é completamente estranha, é evidente o intenso stress de que padecem os touros: o ruído, centenas de pessoas ao seu redor, o pavimento escorregadio.
Além de tudo isto, as largadas pressupõem um sobre-esforço para os touros, e um fator estressante prévio à lide, onde chegam já muito debilitados. De acordo com outros estudos realizados, as largadas causam danos musculares e hepáticos a estes animais.”
No que diz respeito à lide, o relatório desta Associação desmonta cientificamente a “teoria” de que a produção de endorfinas minimiza o sofrimento do touro, e descreve detalhadamente a quantidade de lesões internas e externas causadas ao animal, bem como a sua morte lenta e agonizante.
“Em conclusão, enquanto veterinários afirmamos que a lide de touros, como ou sem largada prévia, é um exercício de maus-tratos e violência animal que debe ser abolido, e que qualquer teoria que pretenda fazer crer que o padecimento dos touros durante a lide não é tão intenso quanto se pensa, deverá ser refutada pelos organismos que regem a atividade veterinária, tanto a nível acadêmico como profissional”, defende Jose Enrique Zaldívar.
"Muita gente não sabe que participando nestas festas está a ser cúmplice da tortura e morte atroz de 48 animais"
Não sabem ou não querem saber! Sempre achei este tipo de "entretenimento" algo ridículo. Ja não estamos na Era dos gladiadores nem nada que se pareça. Há muita arte que nos pide manter ocupados sem recorrer a maus tratos de animais. Incrível é como é que há ignorantes a afirmar que apenas as touradas prejudicam os touros e as largadas não. Enfim. Anseio pelo dia que tudo isto seja abolido.
Nada tem a ver com motos.. nem com o mundo "rodoviário" Mas.. “O Sangue corre contigo”