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| | O Caminho de Mota Para a India |  |
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Bugalho13
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 |  Assunto: Re: O Caminho de Mota Para a India  outubro 20th 2015, 00:24 | |
| Só tenho uma coisa a dizer...tenho inveja de ti lol...é feio de se dizer mas quem me dera fazer o que fazes deve ser das cenas mais brutais e de conhecimento cultural que se pode fazer...não é para qualquer um estas aventuras sozinho que tudo te corra bem e que o regresso seja são e salvo cheio de histórias |
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| | Assunto: Re: O Caminho de Mota Para a India outubro 22nd 2015, 17:14 | |
| Continua interessantíssima a minha experiencia Vegan, esta manha enquanto fazia ao meu lanche de duas maças à beira da estrada passou um tipo numa Harley…e voltou para trás, de onde és de onde não és para onde vais de onde vens, enfim, aquela conversa que todos nós motociclistas temos quando conversamos com um camarada e vai dai que chegamos à extraordinária conclusão que íamos para o mesmo sitio, Bikernau e por conseguinte o templo dos ratos que também por acaso pertence à comunidade dele, fizemos 200 e tal quilómetros juntos (confesso que não foi fácil acompanha-lo, ele está a jogar em casa) na realidade ainda bem que ele apareceu senão não seria fácil eu visitar o templo, por coincidência nestes três dias há um qualquer festival pela Deusa la do templo, tipo o 13 de Maio, portanto imaginem alguém escolher visitar Fátima e coincidir com o 13 de Maio, só que na India, com aproximadamente 250.000 Pessoas numa aldeola tipo a minha terra o vimeiro, e o templo dos ratos ser mais ou menos o adro da igreja imaginamos agora os empurrões que um gajo leva, sorte que o Levin (meu amigo da Harley) é o Eu ca da terra e entramos pela “porta do cavalo” senão tinha de esperar mais de 2h numa fila apertadíssimo com mais de 35º , mas nestas merdas eu tenho uma sorte do caraças meus amigos e 15 minutos depois já la estava dentro, a mota ficou a cerca de 100 ou 200 metros, num parque “fechado” e por la deixei também as minhas Botas, o templo é sagrado e ninguém entra calçado…mau, não me estava a ver descalço no meio das ratazanas a passarem-me por cima dos pés e as caganitas a ficarem presas à palma dos pés….la consegui negociar e entrei de meias calçadas, menos mal, menos mal…experiencia única, impossível de descrever como podem imaginar para a nossa cultura que a única coisa que compramos para dar aos ratos é veneno, mas aqui comprei um saco de oferendas para as ratazanas e em troca recebi meio coco, partido e abençoado no centro do templo onde as ratazanas claro esta ando a passar por cima daquilo tudo, assim é que fica mesmo abençoado…felizmente não gosto de coco e dei-o ao meu amigo que por sua vez o despachou a uma rapaziada que faz questão de seguir o turista e o amigo….e pronto, la saímos do templo não sem antes beber uma colherada de agua benzida pelos ratos, ai não tive hipótese de dizer que não, à saída deram-me a colher e eu ainda fui com ela direito à minha testa tipo para benzer a testa e tal mas disseram-me logo “Drink, Drink” ah fod@-se, já me foderam com esta….e tive de beber aquela agua, mas está-se bem…escusado será dizer o que sentimos dentro do templo e o cheiro “agradável” que tem , o chão parece cola com tanto leite derramado onde as ratazanas bebem e comem de todas as oferendas que o povo dentro do êxtase total por la vai deixando, ai não digo nada, cada qual tem a sua fé, nós temos Fátima, eles tem varias Fátimas, ontem, por ex , fiquei, por acaso, a dormir junto de outro templo, OM Banna, que por acaso, e só mesmo por acaso é um templo onde um tipo que ia de Mota teve uma qualquer acidente e depois houve uma espécie de milagre e pimba, fizeram logo um templo e aquilo é que é malta a parar para rezar e tal, entram tocam umas campainhas rezam e saem e tocam outras campainhas….andam por aqui uns grupos com umas bandeirolas vermelhas que fazem centenas de kms a pé para irem a estes templos, uma noite desta fiquei numa terra à entrada do deserto Branco, Rapar, no Thar Desert , naquela noite fiquei la à conversa com o dono do Hotel, homem de poucas rezas e vi logo, com este posso desabafar à vontade e perguntei-lhe que gente era aquela tão nómada de bandeira na mão e tal que eu já tinha visto tantos, e disse-me ele que eram peregrinos, fazem kms e kms só para rezarem como se isso lhes enchesse a barriga, disse-me ele isto enquanto sacudia a mão direita para trás e para frente como quem diz “é tudo gente tonta” ….ah sobre este hotel em Rapar foi interessante, era um hotel novo, mesmo novo, alias era tão novo que não tinha camas….nem toalhas, nem lavatório, nem ar condicionado (38ª à noite) …..Bom, tinha uma coisa porreira, gente boa sim senhor, e um parque onde eu guardei a mota naquela noite que esta rapaziada aqui tem a vista na ponta do dedos…dassssse, e querem é montar na Mota para tirar fotografias, enfim, percebesse, mas porra , detesto que me mexam na mota!!!! Ah…outra que me lembrei agora, nesta tal aldeola, Rapar, havia um daqueles festivais que a malta em Portugal tanto gosta de mandarem pó colorido uns aos outros, andava tudo pintado, e uma coisa é certa, ou vim para a India na época das festas ou esta rapaziada anda sempre em festa, parece-me que é mais esta ultima, hoje estou em Bikernau e ao entrar na cidade, pimba, um desfile de carros alegóricos tipo carnaval, ganda festa sim senhor, bonito, e agora andam p´rali aos tiros que vi ao longe umas estatuas enormes, devem ser deuses, aqui tudo são deuses…e voltando ao inicio desta conversa onde eu dizia que conheci o Levin porque estava eu a comer maças na beira da estrada depois la fomos ao templo e tal aquela coisa que já contei e depois fomos ter com uns amigos dele, e por la almoçamos na casa do amigo do Levin, gente de posição como dizem os meus amigos de Leiria, Jorge Barrasco, Luis Barrasco e Ulisses Barrasco, mas a sério, gente muito boa que me convidou para casa deles e com eles comi à mesa, não me perguntem o quê pois tá claro , mas lembrei-me de uma coisa, Morcelas, eles metem Cominhos numa espécie de leite ou Iogurte que comemos e lembrei-me que as morcelas da minha mãe levam cominhos, não é que eu tenho saudades de comer morcelas, nada disso, foi só uma coincidência, e pronto meus caros amigos é assim esta vida de Vegetariano Vegan….ah e para finalizar um pequeno aparte, um dia destes cá a pensar para mim lembrei-me que se esta malta é Vegan o que será que comem os cães que andam aqui pela rua e que são aos milhares?! Hoje perguntei la a um amigo que almoçou connosco……
–Houve la se vocês são vegetarianos o que comem os cães que andam aqui pela Rua?!
Ele riu-se e disse-me “Faz sentido a tua questão, os cães comem Pão, as pessoas compram por ex dois pães, um para eles outro para os Cães ….e comem os animais que morrem ”
Estava explicado…
A todos forte abraço desde Bikernau no Rajastão, O Caminho de Mota para India a caminho de um lado qualquer, amanhã logo decido…. |
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| | Assunto: Re: O Caminho de Mota Para a India outubro 23rd 2015, 20:19 | |
| Esta é uma imagem simples mas cheia de significado para quem, como eu, gosta de viajar desta forma, tenham todos uma excelente noite que por aqui no Rajastão ja é 1h30m da manha“Deus não tem religião.” MAHATMA GANDHI Na Minha primeira paragem pela manhã para fumar uma cigarrada descansado e antes que a Índia se levante e depois se acabe o sossego encontrei este camarada, dois dedos de conversa, em Indiano pois tá claro e 10 Rupias para ajudar o homem na sua peregrinação em busca da paz, Amor e compreensão entre os Homens....Gente Boa Hoje tive um furo...quer dizer, hoje alguém viu que eu tinha um prego espetado num pneu, ao menos que sirva de alguma coisa as dezenas de pessoas que rodeiam e mexem na minha mota....mas aqui é coisa simples de resolver, há muita recauchutagem ...e ainda bem, e ja agora sempre que tiver um furo que seja assim, um furo lento e perto de alguém que trate da coisa....50 Rupias por um taco, claro que dei 100 Rupias ao Homem, o mesmo que dei ao Elefante Obrigado Pelo Almoço, Companhia e visita guiada ao Templo my friend Levin |
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| | Assunto: Re: O Caminho de Mota Para a India outubro 23rd 2015, 20:21 | |
| Agra
Os 500 e poucos kms que separam Bikaner de Agra são na realidade 500kms de pura diversão numa estrada que mais parece um mini zoológico num habitat natural, camelos, elefantes, macacos, búfalos, pavões, javalis, esquilos etc, etc vao distraído o nosso olhar da beleza da paisagem natural, aqui já não há a humidade de Mombai nem de Diu, é tempo seco, deserto do Rajastão, as palmeiras e coqueiros são substituídos por vegetação própria do deserto agora desde há 20 anos mais regadio devido ao investimento do governo nesta região, há 20 anos atras não havia praticamente agricultura de vegetais, hoje temos um rajas tão autónomo no que diz respeito a alimentar esta população em grande parte Hindu e vegetariana por natureza, o meu olhar só ficou arrepiado para não dizer mesmo de cabelos em pé quando um lagarto enorme atravessou à minha frente, e quando digo enorme é mesmo enorme, atravessou a estrada nas duas patas traseiras que só me fez lembrar aqueles dinossauros, animal com cerca de um metro de comprido o suficiente para me cortar a respiração por instantes….quando pensei em visitar a índia, como estou a fazer agora , ainda dei uma vista de olhos por alguns festivais que se vão fazendo por aqui e que são famosíssimos a nível internacional, porem, a minha superstição fez-me parar, porque razão havia eu de estar a perder tempo com pesquisas se ate o mais certo era não vir à India?! E então vim se assim se pode dizer de “Mãos a Abanar” e por cada dia que eventualmente por cá fosse andando logo ia vendo o que fazer e é isso que tem estado a acontecer, a parte interessante no meio disto tudo é que festivais ou vim no mês deles ou todo os meses são meses deles, não há dia que eu não veja uma festarola, agora mesmo aqui no meu quarto no Grand Hotel de Agra oiço a musica e uma algazarra brutal ali ao fundo, já la fui espreitar e é mais um festival dedicado a mais uma Deusa, amanhã vou então la passar o visto que já me foi dito que por aqui as festas são 24h sobre 24h, se é assim então é como eu gosto, já esta manhã ao sair de Bikaner comecei a ver filas de malta , alguns com as tais bandeirinhas vermelhas, tudo na beira da estrada atras de carros com colunas enormes com musica em “altos berros” pelo jeito iam de um festival para o outro, fez-me lembrar aquelas “Parede” em que a malta chegou a participar, eu fui a pelo menos uma ou duas ao Porto, dei meia volta à cidade atrás de um trailer com musica, afinal talvez a coisa tivesse sido copiada daqui, hoje ao entrar em Agra outra festa mesmo aqui no centro, de facto, é de louvar a cor, musica e alegria que eles metem nestes festivais, digno de ser visto e vivido ao vivo, a parte interessante é que depois tudo se passa na rua à mistura com o transito normal de uma cidade, as vacas, os Porcos e sei lá mais o quê alem dos vários e excêntrico veículos que vou apreciando por aqui, impressionante o improviso destes povos que na falta de algo mais pratico e acessível para melhorar o dia a dia vão eles mesmo inventando e isto não é apenas aqui na India, este improviso passasse em Africa ou em qualquer pais do médio Oriente, Digno realmente de ser visto e vivido por todos Nós |
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| | Assunto: Re: O Caminho de Mota Para a India outubro 24th 2015, 11:41 | |
| Impressionante a confusão que esta gente cria à volta de qualquer monumento mais histórico, para entrar são necessárias cerca de 2h em media, empurrões, gritos, pressão, Histerismo, um cheiro quase insuportável, sempre a mão na carteira nunca vá alguém la meter alguma coisa dentro, enfim....tudo gira à volta disto, da confusão das grandes cidades onde apenas existe em meia dúzia de metros criada apenas pela pura falta de civismo de meia dúzia de pessoas que sem qualquer respeito por nada nem ninguém fazem vida própria nas ruas que são de todos, ha um que se lembra para o Autocarro e fica tudo ás apitadelas atrás dele, nas paragens do comboio por ex, em vez de esperarem em filas normais concentram-se todos à frente na cancela, ora quando a cancela abre vem todos contra todos e ai esta a confusão instalada, se esperassem ordenadamente seria mais rápido saírem dali , outro lembra-se e mete a Mota passeio a fora obrigando todos os peões a saltarem para a estrada, os camelos de vez em quando lembram-se e em vez de andarem em frente começam a andar para o lado...confusão outra vez , outro qualquer lembra-se para o veiculo que pode ser um Tuku Tuku, Riquexó , táxi, ou outro exótico veiculo feito por ele e pelos amigos e vai Mijar logo ali na próxima parede, numa qualquer rotunda e mesmo em pleno centro há alguém que manda parar um qualquer transporte publico e la esta o transito todo parado novamente se uma vaca para para cagar ou mijar ninguém passa, apitam outros ainda dão umas palmadas no cu da vaca mas ela andar é que "tá quieto" entretanto salpicou de merd@ e mijo todos os que estavam à volta dela ....entretanto no transito parado sem aparentemente necessidade nenhuma vem Crianças as dezenas pedir "Rupia Rupia" os aleijados esses coitados são os mais desgraçados, na dificuldade de furarem entre o transito ainda levam mais umas porradas nas pernas como se que as tem não bastassem já e lhes dificultem os poucos dias de vida que restam nesta miséria total, de todos os países que já visitei ate hoje só arranjo comparação a este na Etiópia onde os ricos e gordos se fazem passear ente os pobres miseráveis, onde as crianças de 10 anos são adultos e tomam conta dos mais novos que assim ficam expostos à ganancia e loucura dos restantes seres vivos sem escrúpulos deste planeta (se é que me percebem) esta gente seguramente foi abandonada pela humanidade, nós, seres humanos, não devíamos permitir que mundos destes existissem.... Estas palavras são escritas ENQUANTO ESTOU SENTADO numa rua central de Agra mesmo em frente ao Taj Mahal, mas podia estar em Mumbay, ou noutra qualquer cidade qualquer que já visitei, sinceramente a Índia que eu gosto mesmo é fora das Cidades, nas aldeias, nas montanhas do Rajastão, no Deserto...ai sim, vale a pena, não há praticamente nada disto, alias lá não há nada alem do que Deus criou, a Natureza que nós ainda não conseguimos Poluir....mas la havemos de chegar é certo, o lixo atirado pelas janelas dos carros é uma constante....dizem eles que é para os macacos, cães, vacas, etc comerem....inclusive os plásticos, aqui as vacas comem plástico...é a Fast Food....ja estive em países onde civismo havia pouco, este é um deles, e vejo sinceramente poucas melhorias quando as pessoas supostamente instruídas permitem que os filhos mais novos sigam estes passos constantes, aqui não se respeita o bem do próximo, de vez em quando la esta um qualquer garoto, "instruído" atenção a tentar sentar-se na minha Mota(tenho a mota desde 2009, ja liguei mais vezes o alarme na India que em todos estes anos por este mundo onde ja andei) para que o pai lhe tire uma "Selfie" como eles aqui tanto gostam de chamar , enfim, gente que despreza a vida do seu povo porque razão havia agora de respeitar os bens alheios?! Enfim....como disse o meu amigo Levin, Indiano e gente boa porque neste pais também há gente muito boa, felizmente a maior parte é gente culta e com muita instrução....
"Welcome to India"
Agora vou continuar a vaguear pelas ruas de Agra...ate já |
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| | Assunto: Re: O Caminho de Mota Para a India outubro 24th 2015, 11:59 | |
| Um documento histórico que marca a morte de D. Fernando de Castro filho de D. João de Castro" Levou consigo para a Índia os seus dois filhos D. Álvaro e D. Fernando. Aprestou brevemente a armada, que constava de 6 naus grandes, em que se embarcaram 2.000 homens de soldo; a capitânia S. Tomé, em que o governador ia, que lhe deu este nome, por ser o do apóstolo da Índia, sendo os outros capitães D. Jerónimo de Meneses, filho e herdeiro de D. Henrique, irmão do marquês de Vila Real, Jorge Cabral, D. Manuel da Silveira, Simão de Andrade e Diogo Rebelo. A armada partiu a 24 de março de 1515. D. João recebera a mercê da carta de conselho com data de 7 de Janeiro de 1515 e fizera o seu testamento a 19 de março, deixando testamenteiros Lucas Geraldes, D. Leonor, sua mulher, e D. Álvaro, seu filho; instituiu o morgado na quinta da Fonte D'El-Rei, em Sintra, denominada da Penha Verde.A armada chegou a Goa em Setembro. Lançado nos complicadíssimos negócios da administração da Índia, teve de pegar em armas contra o Hidalcão, por lhe não querer entregar o prisioneiro Meale, como seu antecessor estava resolvido a fazer. Hidalcão foi derrotado a duas léguas da cidade de Goa, e viu-se obrigado a pedir a paz. Acabado o incidente, 1546 trouxe outro deveras gravíssimo, a guerra de Diu, promovida por Coge Çofar, que pretendia vingar a derrota sofrida. Travou-se ardente luta, e no fim de sangrentos episódios, foram derrotados os portugueses. D. João de Castro mandou novo reforço, e, não contente com isso, organizou nova expedição que ele próprio comandou. Desta vez ficaram vitoriosas as tropas portuguesas; o inimigo teve de levantar o cerco e fugiu, deixando prisioneiros e artilharia. Para reedificar a Fortaleza de Diu, que depois da vitória ficara derribada até ao cimento, D. João escreveu aos vereadores da Câmara de Goa, a fim de obter um empréstimo de 20.000 pardaus para as obras da reedificação, a célebre carta, datada de 23 de Novembro de 1546, em que ele dizia, que mandara desenterrar seu filho D. Fernando, que os mouros mataram nesta fortaleza, para empenhar os seus ossos, mas que o cadáver fora achado de tal maneira que não se pudera tirar da terra; pelo que, o único penhor que lhe restava, eram as suas próprias barbas, que lhe mandava por Diogo Rodrigues de Azevedo; porque todos sabiam, que não possuía ouro nem prata, nem móvel, nem coisa alguma de raiz, por onde pudesse segurar as suas fazendas, e só uma verdade seca e breve que Nosso Senhor lhe dera. É heróico este ato. Tanta era a consciência da própria honra que empenhava os ossos do filho, depois as barbas, ao pagamento duma soma que pedia para o serviço do rei, e não para si. 0 povo de Goa respondeu a esta carta com quantia muito superior à que fora pedida, vendo que tinham um governador tão humilde para os rogar, e tão grande para os defender. Remeteram-lhe aquele honrado penhor, acompanhado do dinheiro e duma carta muito respeitosa solicitando por mercê que aceitasse aquela importância, que a cidade de Goa e seu povo emprestavam da sua boa e livre vontade, como leais vassalos do rei. A carta tem a data de 27 de dezembro de 1547. " By Wikipedia[ltr]https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_de_Castro[/ltr]  |
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| | Assunto: Re: O Caminho de Mota Para a India outubro 24th 2015, 17:59 | |
| Hoje disse à Minha prima Beta “Nunca digas Nunca” e nem de propósito lembrei-me que sempre pensei para comigo que se um dia fosse a um destes países onde homens ainda pedalam em riquexós a transportar pessoas como se isto ainda fosse necessário num mundo industrializado não andaria nunca num destes veículos, acho exploração desnecessária sei lá, parece escravatura, se já há motores de todas as maneiras e feitios porque razão ainda se usa esta forma de transporte?! Bem sei que são tradições mas há tradições que acabaram e outras tem de acabar, é uma ideia minha só isso, então hoje quando sai de manhã para fazer ai as Visitas pela cidade pensei em ir de tuku tuku, meter a GS no meio desta marralhada toda sem necessidade nenhuma nem pensar, hoje foi dia dela descansar e ponto final, vai dai que ia direito a um tuku tuku e vem este amigo oferecer os seus serviços ao guiador do riquexó, lembrei-me logo, ai coitado então ainda são uns 4 ou 5 kms ate ao centro da cidade e andar por la e disse-lhe que não muito obrigado, que era longe e cansativo para ele, pior para mim, então se é longe afinal melhor para ele que mais fatura, ora…já não me largou mais, pronto que se lixe vou nesta porra e o desgraçado a pedalar…casado, com 3 filhas, dorme uma sesta à tarde porque trabalha durante a noite e durante o dia só que à tarde almoça e bebe um copinho de Uísque e depois dorme um bocadinho, tem de ser diz ele enquanto mete a mão ao bolso e saca dum Joint para me explicar que fuma de manhã à noite, bom Haxixe diz ele, na India podemos fumar à vontade e chegou-lhe mexa rua a fora a pedalar, não mais se calou, contou-me tudo mesmo sendo verdade ou mentira a mim pouco interessa, deixei o homem falar à vontade, mas não era incomodativo, um ser ate interessante, sabia bem que pertence a uma casta inferior e nada pode fazer contra isso apenas trabalhar para meter comida em casa e dar um pouco de dignidade à família, o preço acertámos antes que eu nestas coisas já não vou em cantigas assim sem mais nem menos, caio como qualquer um, porem, tem de me apanhar muito distraído, depois ate dou uma gorjeta que nestas merdas sou um mãos largas e faz-me pena ver certas condições sociais, então aqui já se sabe como é, tenho de virar a cara para o lado constantemente senão estava bem lixado, já tenho pouco dinheiro e ficava sem nenhum em menos de um piscar de olhos…. mais uns dedos de conversa e já havia outras ofertas para bem satisfazer o turista se é que me entendem…deixe lá isso amigo, sou casado e pai de filhos e tal….(disse eu) enquanto ia levando com o smell de mais um joint que o homem acendia, já ontem um outro “artista” mas esse era mesmo artista, já homem dos seus 60 e tal anos enquanto mascava tabaco ia-me dizendo “você esta parado na minha propriedade ” e na realidade eu tinha parado num descampado para fumar uma cigarrada e dar um descanso à GS mas longe de imaginar que o dono ia aparecer montado numa scooter e tudo tinha também para me dar, esse então foi logo direto ao assunto “vamos a minha casa beber um uísque” ….isso é que era disse eu (enquanto pensava, deves achar que não tenho mais nada que fazer do que senão ir para tua casa beber uísque) mas o uísque devia de ser bom atendendo ao estado do indevido e ao bafo que o mandava quando se começou a chegar a mim para segredar qualquer coisa…entretanto veio mais um ou dois mas ele devia de ser o regedor ali do “bairro” e despachou-os logo, e voltou a segredar…e voltei a não perceber ate que ele foi mesmo explicito, Sex, Sex, you want Sex in my house?....Ah que maravilha deve ser a tua casa, queres levar-me para lá dar-me uísque e gajas….epá deve ser o paraíso…fui-me eu rindo para comigo mesmo e a ele disse-lhe epa sex é que não pode ser nada, sou casado….pronto, assunto arrumado logo ali, e fui tentando me despedir do amável anfitrião mas não estava fácil, depois deu-me um colar e meteu-me ao pescoço, com aquele colar já posso andar de mota à vontade, não vou cair nem a policia me vai fazer nada, é mesmo uma coisa à séria, era um colar especial em tons de castanho, só reparei que não era bem aquela cor quando à noite o lavei no hotel, afinal a sua cor original é um creme assim mais para o claro!!!! Despedir-me é que tá quieto, aqui não se da apertos de mão, tentei então fazer aquela coisa própria deles e que respeito muito que é juntar as mãos como nós cristãos fazemos para rezar mas nada disso, afinal lá a tribo dele ou que porra era aquela cumprimentavam-se a encostar o polegar e a seguir estica-me os dedos mendinho e indicador, ora isso na minha terra é fazer uns cornos a alguém, queres ver que este cabrão sabe de alguma coisa ou quê?! Mas afinal não…eu também tinha de fazer uns cornos a ele e a seguir encostávamos os dedos um ao outro, assim esta melhor…pensei eu, mas não ficava por aqui, de seguida abraçasse a mim, também fazia parte do ritual, antes isso… mas o bafo à mistura com o tabaco mascado é que custava a suportar, mas suportasse não respirando por alguns instantes…e la consegui safar-me do homem, safar-me é um termo talvez egoísta porque talvez ate o homem estivesse a ser sincero comigo, mas convidar alguém para sua casa e dizer que entre as varias coisas que tem é mulheres para fazer sexo é meio caminho andado para afastar qualquer um….digo eu que é a primeira vez que venho à India…ah como diz o meu amigo José Inácio, a primeira não a Ultima…mas lá esta, Nunca Digas Nunca    |
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| | Assunto: Re: O Caminho de Mota Para a India outubro 26th 2015, 15:30 | |
| DE Agra a Khajuraho
As aldeias que fui passando de Agra a Khajuraho vão nos dando uma tranquilidade e paz interior fenomenal, locais belíssimos em cerca de 400 kms , curvas, rectas, algumas montanhas e muitos monumentos e locais históricos , a India é isto mesmo, um misto de sentimentos e emoções que devemos partilhar com alguém ou alguma coisa, no meu caso vou partilhando estes momentos com a minha mota, tenho um carinho especial por ela por isso fiz questão que ela viesse comigo nesta viagem, podia alugar uma mota por cá é certo, mas isso para mim é como um gajo ir de ferias e arranjar por lá uma p***, comemos, somos comidos , e depois tudo desaparece e nada fica alem de umas reles memórias que com o tempo vão passando , não sai barato é certo mas tudo é uma questão de opção e gosto pessoal, com ela fui falando ao longo do caminho, por ex sobre a beleza das mulheres indianas, são boas sim senhor, e na estrada sente-se o perfume delas à distância quando vão sentadas nas motas que por este pais são aos milhões, tem olhos negros e adornos na face, como que a embelezarem ainda mais a própria beleza natural, todas olham para a minha mota, pudera, não é uma mota qualquer, muitas tiram fotos e dizem adeus mostrando assim ainda mais a sua simpatia e a arte natural de bem receber quem vem de fora, sinto-me lisonjeado, sinto-me um privilegiado por puder percorrer este pais da forma que eu muito gosto, bem podia fazer esta viagem em família é certo, porem, sei que a família não ia gostar dai faze-la sozinho foi a melhor opção, a mota por cá se vai aguentando ás constantes alterações de piso, Gasolina e temperaturas altíssimas, muitas vezes a temperatura do motor esta no máximo, umas vezes paro um bocadinho para ela arrefecer outras vezes se a estrada assim o permite começo a rolar e a temperatura baixa naturalmente , esta mota já bebeu gasolinas em muitas partes do nosso mundo , lá se vai adaptando a elas, umas melhores outras piores, devo imaginar o que ela sente quando em alguns locais paro e ela fica à conversa com as outras que por la estão também paradas, grandes conversas devem ter…imagino, e porque estamos nos templos do Kamasutra permitam-me a Expressão mas grandes fodas ela tem apanhado.
Aqui em Khajuraho existe aquela índia dos Filmes, a paz e um relax fenomenal, se pouco pode haver para fazer ainda apetece menos, vim para esta pequena cidade sem nada marcado, podia em Agra ter reservado alguma coisa mas sinceramente esqueci-me e só ontem quando estava a chegar aqui lembrei-me disso, mas no fundo ainda bem que não reservei nada, quando cheguei dei por aqui uma volta, na estrada que nos traz ao centro da cidade existe imensos hotéis para todos os gostos e carteiras, depois de em Diu por ex não ter achado grande piada à oferta hoteleira confesso que estava um pouco reticente em relação a Khajuraho mas na realidade supera em larga escala toda a India por onde já andei, estou na Guest House Zoostel, mesmo no centro da cidade, daqui vejo o principal conjunto de monumentos, não necessito de andar de mota, nem de tuku, tuku ou Riquexó, ando a pé e por um preço que ronda à volta de 20€ , bem podia ter regateado é certo mas nesta terra pago o preço que acho Justo, e este preço para este local numa casa nova com tudo acho que esta bom assim, ate tinha pensado em ir para um bom hotel de 4 ou 5 estrelas, estava farto de alguns maus hotéis mas ainda bem que não fui para outros, este é excelente e recomendo a quem quiser vir ate Khajuraho , os donos são uma rapaziada nova, simpáticos e prestáveis , gente profissional que merece o melhor, alias, como todos ate agora nesta cidade, ainda hoje de manhã fui ali a uma rua trocar dinheiro (aqui não uso Multibanco) e eram umas ruas assim meio manhosas se é que me entendem, e fui la trocar 300€, tudo impecável , entrei pela casa do homem (que ainda estava a dormir) e la estavam um monte de notas, tudo impecável , feito o negocio continuei a minha visita pela cidade, Khajuraho é um conjunto de monumentos realmente fabuloso, com a entrada ao parque temos também acesso ao museu onde podemos disfrutar de mais um conjunto de peças esculpidas na pedra dando a sensação que de pedra nada é feito mas sim tudo em madeira tal é a perfeição dos trabalhos exibidos, digno de ser apreciado com calma, muita calma….tudo isto por 250 Rupias
Para fazer uma visita a este conjunto arquitetónico de beleza única recomendo vivamente um guia, foi o que fiz, um guia só para mim, paguei o que achei que estava de acordo mediante uma visita de mais de 3h e tudo muito bem explicado, as raras imagens esculpidas na pedra encontram-se de alguma forma dissimuladas entre os milhares de imagens dos deuses sendo para isso uma atenção redobrada e uma explicação feita por alguém completamente inteirado e formado nesta área , só assim podemos ter uma precessão exata do que estamos a ver e conseguirmos assim perceber que estes monumentos são algo mais que um conjunto de imagens eróticas.
Espero que com este meu atrapalhado texto possa de alguma forma para contribuir para que os meus amigos se interessem ainda mais por uma visita de Mota à India, vir de Mota é supérfluo como podem imaginar, eu apenas me refiro à mota porque é o veiculo que me faz transportar por este belo pais, de resto, a India esta plenamente coberta por uma rede extensa de transportes públicos, desde o avião ao comboio aos autocarros, inclusive há autocarros que tem camas, alugamos um compartimento com quarto para podermos dormir ou descansar mais comodamente entre as distancias que existem entre cidades neste enorme pais, em Distancia, Cultura, Beleza e todo o mais que possamos imaginar…….
Great India
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| | Assunto: Re: O Caminho de Mota Para a India outubro 26th 2015, 15:43 | |
| Cidade de Khajuraho
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| | Assunto: Re: O Caminho de Mota Para a India outubro 26th 2015, 15:48 | |
| Se em Agra a India é diferente como escrevi anteriormente em Khajuraho voltei a encontrar a India, foi esta índia que sempre sonhei visitar, foi esta índia que voltei a encontrar, Khajuraho é uma pequena cidade no Estado do Madhya , uma cidade turística onde as pessoas são realmente acolhedoras , aqui explorasse o turismo, aqui não se explora o turista, aqui resumindo aquilo que quero dizer é que “tasssse bem” o que me fez vir a Khajuraho foram os monumentos dedicados ao Kama Sutra, o sexo é a melhor coisa que há, as mulheres a melhor e mais perfeita obra de Deus no mundo, aqui não há pudor , encarasse o sexo como aquilo que ele é, a coisa mais natural no mundo, quem muito esconde sobre o sexo algo esconde a mais do que sexo, sexo todos nos fazemos, uns com pessoas diferentes do nosso sexo outras com pessoas do mesmo sexo, cada qual deve fazer sexo com quem e como melhor se sente, desde sempre que a história da humanidade gira à volta do sexo, e como diz o ditado “tem mais força um pentelho de uma mulher que uma junta de bois” e também há uma frase que o meu amigo Elísio ferreira diz “mais vale cair da mota abaixo do que cair nas mãos de uma mulher ” ou então “as sogras são uma coisa tão boa, tão boa que todos nós devíamos de ter pelo menos duas”…… Estas fotos que vamos ver de seguida dedico a todos os meus amigos e amigas que, como eu, gostam de fazer sexoSexo é Vida e como diz um Meu Amigo meu numa célebre anedota….“tudo me dá tesão” https://www.facebook.com/joao.luis.102/media_set?set=a.10206087998414110.1073741980.1086859245&type=3&pnref=story |
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| | Assunto: Re: O Caminho de Mota Para a India outubro 27th 2015, 16:05 | |
| Khajuraho faz-me lembrar em certa parte Atar na oferta turística em excesso, somente nesta parte, Atar estava em parte entregue à bicharada podemos assim dizer, desde que o Dakar virou costas a Africa que Atar simplesmente morreu sendo apenas um ponte de passagem para Chingueti, em Atar quando cheguei vieram dezenas de pessoas a correr atras da mota a oferecer tudo e mais alguma coisa, percebi depois o porquê, devia de ser o único turista naquele dia numa cidade meia perdida no deserto e que se tinha habituado a pelo menos uma semana por ano ter excesso de tudo que de alguma forma iria garantir a sobrevivência para o resto do ano, antes e depois do Dakar outras provas e passeios faziam-se por aquela região da Mauritânia, porem, de um momento para o outro tudo se esfumaçou e deixou de garantir fonte de rendimento para tanta gente, Khajuraho não esta nem pouco mais ou menos como Atar mas pelo que pude ver e viver naquela cidade parece-me que algo tem de mudar e a curto prazo, diziam-me eles que havia crise na cidade por causa da crise na Europa que já não mandava tantos turistas, não sei se será por causa disso apenas, afinal vi muitos turistas por outros países por onde já passei e em nenhuma terra onde estive ate agora vi uma coisa como esta aqui, os hotéis são as dezenas o que me parece que em tempos atras já todos viveram bem, as lojas são também as dezenas, porem, vazias, os vendedores com bancas na rua também são muitos, mas a fazer negocio não vi praticamente ninguém, eu próprio estava numa hotel em que numa noite era só eu…. Sentado pela praça central e outras vezes vadiando pelas ruas pude ir apreciando os turistas que vão chegando e partindo, chegam, a grande maioria, em autocarros já com tudo tratado como é muito normal em que viaja em grupos mas quando saem dos autocarros e fazem 100mts ate à entrada dos templos são rodeados de vendedores de bugigangas locais que na falta de negocio tentam assim ganhar algum mas como todos nós sabemos ninguém gosta de ser assim abordado, isso afasta a vontade de qualquer turista comprar o que quer que seja fazendo depois estes pequenos negócios onde por norma os autocarros param a pedido dos guias ou fazem-no no descanso e conforto dos hotéis maiores de 4 ou 5 estrelas, o povo esse fica sem vender nada, percebesse …ninguém vai puxar pela carteira no meio de uma multidão a enfiarem-nos coisas pelos olhos dentro como se aquela for a única oportunidade do dia de realizarem algum dinheiro, esta não é a forma correta, já foi em tempos agora não é, e assim aos poucos se vai matando uma população local que de alguma forma ainda tenta viver independente dos maiores negociantes, depois temos por aqui também as dezenas os pequenitos hotéis, albergues , hostal, guest House, enfim, o que queiramos chamar mas quem, como eu, vier em veiculo próprio é melhor não la ficar, quando viajo de mota quero também algum conforto e segurança para ela, e eu dormir descansado, deixar a mota meio esquecida numa qualquer rua na India é meio caminho andando para que alguém, sem querer, acabe por partir alguma coisa depois de tantos e tantos se quererem sentar para uma “selfie” aqui não é que alguém roube, nada disso, vejo um pais seguro dentro da normalidade, o que não quer dizer que não possam roubar algo que possamos deixar meio esquecido na mota, mas isso é aqui em Portugal ou qualquer parte do mundo, o pequeno roubo acontece em toda a parte, portanto convém arranjar um hotel ligeiramente mais isolado no caso com um pequeno parque à porta como foi o caso que arranjei e sempre arranjei nestes dias todos pela india, acabo por pagar mais um pouco mas a mota assim o exige senão dormiria por aqui por menos de 1000 rupias, entre 10 a 15€ num quarto sozinho porque anda também por aqui muita malta naquele estilo mais hippie podemos assim chamar, esses, muitos deles, partilham quartos em pequenas guest house e então quaisquer 200 ou 300 rupias chega e sobra o que de alguma forma proporciona umas ferias agradáveis num ambiente calmo por pouco dinheiro, mas voltando ao tema inicial e sendo essa a razão pela qual escrevo causa-me alguma apreensão e não vejo com bons olhos o futuro desta cidade, ate porque o motivo principal dos Monumentos não é do agrado geral da população mundial, são locais que só visita mesmo quem faz questão de visitar e não quem compra um pacote de férias na India, esses parece-me que a grande maioria ficasse por Agra, Varanasi, Munbai ou outras cidades de maioria expressão cultural, outro templos onde já tive a oportunidade de estar tem muita oferta de turismo Local, digo por Indianos mas esta aqui também nem por isso apesar de haver também muitos mas a grande maioria são estrangeiros, Espanhóis há muitos , alias, aqui quase todos falam Castelhano, é porque há muitos espanhóis e eu tive a oportunidade de constatar isso mesmo, falei com muitos Nuestros Hermanos, depois Italianos etc, etc, etc, mas acaba por tornar-se incomodativo ate o excesso de simpatia deste povo, se fazemos 200 mts a pé temos de dizer a 20 ou 30 pessoas de onde vimos, para onde vamos, há quanto tempo ca estamos, por mais quanto tempo vamos ficar , o nosso nome, o nome de família, se somos casados, quantos filhos temos e isto tudo enquanto andamos pela rua porque ao falarmos com um vem outro, e mais outro, e entretanto já são 10…mas todos a fazerem as mesmas perguntas que acaba por cansar o turista com tanta resposta repetitiva já para não falar daqueles que quase exigem nos sentamos ao pé deles só para continuarem com perguntas sem sentido nenhum e que mais conversa menos conversa querem que bebamos cerveja, fumamos Haxixe, e mais uma serie de disparates incomodativos que em nada beneficiam ou convidam as pessoas a estarem pelas ruas, e talvez por essas e por outras enquanto estava sentado a apreciar o vaivém daquela cidade apercebia-me que as pessoas permaneciam confortavelmente sentados no interior dos estabelecimentos e depois em passo de corrida desesperado iam direitinhos aos Hoteis , tukus tukus, os coisa do género não permanecendo tempo absolutamente nenhum parados na rua ou a ver algumas montras ou apreciar o artesanato local, ficando as ruas apenas repletas de gente local de mãos a abanar à espera da próxima vaga de turistas ou de alguma grupo menor para mais uma vez lançar um ataque desesperado e voltar a espantar tudo e todos que queiram ate gastar alguma dinheiro nesta cidade cheia de coisas interessantes para ver, boa gastronomia, um clima brutal e muito, mas muito artesanato local para ser apreciado, é pena, mas assim não vai ser fácil e vamos continuar a ver cada vez isto mais e mais vazio…. Deus Queira que Não…..Namastê  |
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| | Assunto: Re: O Caminho de Mota Para a India outubro 28th 2015, 16:58 | |
| Informação Inútil....O PãoBase da alimentação da grande maioria da população mundial neste pais não há à venda como já vi em todos os países por onde já andei, pode parecer estranho mas é verdade, não quer dizer que não haja, mas se há deve estar escondido, aqui como em qualquer parte do mundo também se come pão mas é feito na hora, Chapata , pode ser com manteiga, alho ou mil e um ingredientes que a cozinha indiana tem mas agora comprar pão na rua como se faz em qualquer pais por onde já andei é que nem pensar, queres pão é o restaurante e mais nada....Agora um pensamento....dizem que as pessoas são a comer aquilo que são na cama, neste sentido as mulheres indianas devem ser umas gandas malucas, lembrei-me disto hoje ao jantar enquanto apreciava as senhoras a Comerem.... é tudo à mão grin emoticonMais Informação Inútil.....Hoje foi dia de Macacada, nem em Africa vi tanto Macaco Junto acreditem, são ás centenas na beira da estrada a verem a malta passar, bonito sim senhor, gostei de ver dezenas de kms com macacos na beira da estrada, e Chuva, hoje foi dia de chuva e que chuva, vento, relâmpagos e muita trovoada....é a Índia cá mais para cima, espero que la para baixo não chova tanto senão só há uma coisa a fazer, andar à chuva, impressionante a forma como esta malta encara a chuva, eu vesti o fato de chuva, luvas, botas e troquei de capacete bem à nossa moda europeia, eles, faz de conta que não se passa nada, alguns depois de chover torcem as camisolas, outros tomam banho com a propria agua da chuva....hoje nesta região da Índia esta tudo muito mais limpo...ate os búfalos brilham....e os rios vão cheios Namastê  |
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