A relativamente pouco reconhecida - pelo menos em Portugal - marca de lubrificantes Rock Oil, está de regresso ao nosso País pelas mãos de Tiago Miguel da Cunha.
Durante a visita que realizámos à fábrica da "Rock" em Inglaterra, local onde a marca produz todos os seus produtos, o responsável máximo da Rock Oil Portugal respondeu a algumas perguntas que ajudam a explicar como é que a marca regressa, como se pretende instalar no mercado e quais os objetivos definidos.
Para mais informações sobre os produtos Rock Oil pode visitar o website www.rockoil.pt .
Leia em baixo a entrevista a Tiago Miguel da Cunha, da Rock Oil Portugal
Motociclismo – Começando por onde se deve começar: o início! Como é que surgiu a ideia de fazer regressar a Portugal uma marca como a Rock Oil. Alguma vez estiveste ligado ao comércio de motos ou material relacionado com motos?
Tiago Miguel da Cunha – A ideia surge, essencialmente, da paixão pelo motociclismo e ao sentir que fazia falta no mercado português uma marca com produtos inovadores, da mais elevada qualidade, que estabelecessem não só novos padrões, mas também sem que o consumidor tivesse de pagar um valor elevado para os adquirir. Foi então que a falta de representação da Rock Oil em Portugal se revelou ir ao encontro das expetativas que detinha e aliando-se, assim, à vontade pessoal de querer desenvolver um projecto aliciante e que marcasse a diferença neste setor.
Nunca estive comercialmente ligado a este ramo, no entanto, para tudo na vida existe uma primeira vez e após quase doze anos da minha vida ligado ao motociclismo enquanto utilizador, considerei que o momento era o ideal.
Motociclismo – Foi difícil chegar a acordo com os proprietários da Rock Oil?
T. M. C. – Não. Quando duas vontades convergem no mesmo sentido, existe uma boa probabilidade de se formar uma forte aliança. Por um lado, a Rock Oil é uma empresa dinâmica e disposta a novos desafios, por outro a minha vontade e determinação de abraçar um projecto desafiante nesta área e em que fosse possível oferecer um produto diferenciador, deram origem a esta parceria.
Motociclismo - Como é que eles olham para o nosso mercado, sabendo-se que o número de motociclistas portugueses é bastante pequeno quando comparado com outros mercados onde a marca está presente?
T. M. C. – A preocupação principal da Rock Oil não passa pelo quando grande poderá ser o retorno financeiro num determinado mercado, mas antes pela garantia da total satisfação dos seus clientes.
Motociclismo – Quais foram os principais problemas que encontraste para colocar em marcha esta operação “Rock Oil Portugal”?
T. M. C. – Gerir a dimensão de um projecto como este e ter tudo a postos para podermos arrancar, de modo a ser possível satisfazer todos os pedidos que nos surgem.
Motociclismo – Em tempos de crise como esta que vivemos, é sempre interessante saber que há pessoas que não têm medo de investir no mundo das duas rodas. Este foi um projeto que te levou a muita reflexão, ou foi algo que desde início percebeste que tem uma grande probabilidade de dar certo e por isso o risco é mínimo?
T. M. C. – Não existe investimento sem risco, por mais pequeno que possa ser, ele existe sempre. Contudo, quando se pauta pelo rigor, seriedade, tem-se um produto de qualidade para oferecer e os clientes são a prioridade, existe uma forte probabilidade de um projeto dar certo. Por este motivo, a decisão de implementar a Rock Oil em Portugal foi imediata.
Tiago Miguel da Cunha, responsável da Rock Oil Portugal
Motociclismo – Como vai funcionar a logística da marca em Portugal? Sei que têm um espaço no Autódromo Internacional do Algarve, mas a sede da Rock será em Lisboa para que consigam responder de uma forma mais eficaz às exigências do mercado?
T. M. C. – Sim. Atualmente dispomos de um espaço no Autódromo Internacional do Algarve, no entanto pretendemos estabelecer a sede da Rock Oil Portugal em Lisboa pela sua centralidade e possibilidade de dar resposta a todos os pedidos dos nossos clientes de uma forma mais rápida.
Motociclismo – Acreditas que no nosso País existe espaço para uma marca britânica, com pouco reconhecimento entre os nossos motociclistas, rivalizar com outras marcas de lubrificantes de maior porte e com outro historial dentro e fora da competição?
T. M. C. – Acredito plenamente. Existe sempre espaço no mercado para marcas ou produtos de excelência. A Rock Oil é uma marca que prima pela máxima qualidade e excelência dos seus produtos. Cada produto é desenvolvido de forma única e com o objetivo de, não apenas, satisfazer, mas exceder as cada vez mais exigentes necessidades dos modernos motores. Todas as marcas têm o seu início e para terem um porte maior do que no momento do seu começo, foi necessário tempo. Por esta razão, quando se tem um produto de elevada qualidade é apenas uma questão de tempo até que se conquiste a confiança de mais consumidores e estes possam comprovar essa mesma qualidade. Este é o compromisso que a Rock Oil assume.
Motociclismo – Quais os objetivos que definiste para este primeiro ano, os planos a médio e longo prazo?
T. M. C. – Temos noção de que todos os projetos comerciais requerem o seu tempo para que comecem a ver resultados. Por este motivo e porque a quantificação de tempo nesta matéria não é a mais exata, definimos os objetivos em três fases: numa primeira fase pretendemos conquistar a confiança do consumidor português, atestando a elevada qualidade dos produtos. É neste sentido que decidimos submeter o óleo de motor Synthesis XRP ao “Dyno test” para comprovar o seu potencial e a credibilidade da Rock Oil, bem como pela presença na Competição Nacional e através de outras iniciativas que temos planeadas. Numa segunda fase e após bem sucedida a primeira, pretendemos dinamizar e promover o desporto motorizado em Portugal. Numa terceira, pretendemos que a Rock Oil passe a ser uma marca que não deixe ninguém indiferente.
Motociclismo – Já consegues antever uma percentagem de mercado nacional que a marca seja capaz de garantir a breve prazo?
T. M. C. – Não, pelas razões acima mencionadas.
Motociclismo – Um dos pontos iniciais para a marca em Portugal será o funcionamento e organização de uma rede de revendedores ao público. Como é que estão a organizar este processo e quais serão os métodos através dos quais os clientes poderão adquirir os produtos Rock?
T. M. C. – Este é um dos pontos em que vamos revolucionar e distinguir das demais marcas de lubrificantes, uma vez que vamos dispor de loja online. Desta forma, o cliente terá a possibilidade de adquirir direta e comodamente os produtos que desejar em sua casa através do web site www.rockoil.pt . No entanto e para quem prefere adquirir os produtos pela via tradicional, estes também irão estar disponíveis em lojas.
Motociclismo – Mas nesse caso – da loja online - o cliente não terá o apoio por parte de um vendedor que lhe possa dar conselhos sobre os melhores produtos Rock Oil para as suas necessidades. Caso o cliente opte pela compra online, existirá alguma forma de vocês, Rock Oil Portugal, oferecerem algum tipo de conselhos?
T. M. C. – No que respeita a informação e aconselhamento de produtos, a Rock Oil Portugal disponibiliza duas formas rápidas e eficazes para esclarecer qualquer dúvida, através da linha telefónica ou pela via direta de ajuda apresentada no próprio site.
Motociclismo – Um dos pontos realmente fortes da marca é o seu envolvimento no mundo da competição, seja no todo o terreno, seja na velocidade. Quais os planos que têm para atacar a competição em Portugal?
T. M. C. – Atualmente estamos presentes no Motocross e no Quadcross, no entanto queremos alargar o leque para as provas de velocidade e também a outras modalidades além do motociclismo. A presença na competição é fundamental para nós, pois é aqui onde os produtos mostram a sua real qualidade ao serem submetidos às severas condições da competição, bem como permite-nos estar em permanente desenvolvimento de modo a garantir que estamos na linha da frente da tecnologia de lubrificação.
Motociclismo – Quais são os pilotos que atualmente têm o vosso apoio?
T. M. C.- São o Pedro Silva no Quadcross e o Daniel Pinto no Motocross.
Motociclismo – Acreditas que é através da obtenção de resultados na competição que depois conseguem conquistar o respeito dos motociclistas?
T. M. C. – Como referi, é bastante importante a presença na competição, pois é lá que se comprova a real qualidade de um produto. Aí não há lugar para um produto mediano, apenas a última e mais avançada tecnologia é capaz de resistir às extremas condições e vencer. A Rock Oil garante essa qualidade!
Motociclismo – Quais os benefícios que um motociclista comum pode esperar por utilizar os produtos da Rock Oil?
T. M. C. – A máxima qualidade em todos os produtos e a mais avançada tecnologia disponível.
Motociclismo – Olhando para os vossos produtos verificamos que contam com uma gama especialmente extensa. Quais são aqueles produtos que pensas que mais rapidamente vão ser aceites pelos motociclistas e qual é a “estrela” da marca?
T. M. C. – Quanto aos produtos que irão ter maior aceitação, esta não é uma resposta fácil de prever, pois tal dependerá essencialmente das necessidades momentâneas de cada motociclista e do segmento em que se insira. Por este motivo é que a Rock Oil dispõe de uma vasta gama de produtos devido ao diverso leque de aplicações existente. Relativamente à “estrela” da Rock Oil, o Synthesis XRP pelas suas soberbas propriedades e capacidade de aumentar a produção de potência num motor, é um dos produtos de topo de gama da Rock Oil.
Motociclismo – Existe alguma forma de identificar facilmente os produtos? Ou seja, existe algum ponto específico que sirva para o cliente reduzir o seu “campo de pesquisa”? Falámos nas cores das tampas…
T. M. C. – Sim existe. Nos lubrificantes de motor, através das cores das tampas é possível identificar-se a categoria a que pertence um produto. Tampa preta ou toda a gama XRP, representa os produtos destinados à competição; Tampa azul, os produtos da gama para 4 tempos; Tampa vermelha, gama a 2 tempos.
Motociclismo – A Rock Oil oferece a possibilidade aos seus clientes de enviarem o óleo usado das suas motos para análise no laboratório da marca, para que os clientes saibam o que se passa no interior do motor. Como é que vai funcionar este serviço inovador e já é possível saber quais os custos associados a isto?
T. M. C. – O funcionamento deste serviço será efetuado mediante a recepção do óleo de motor usado por parte dos nossos clientes e consequente envio para laboratório a fim de serem analisadas as suas propriedades e informar sobre o estado interno do motor. O valor para este serviço ainda não está definido.
Motociclismo - Num mundo cada vez mais globalizado, as redes sociais, e o Facebook em particular, são uma excelente forma dos clientes ou potenciais clientes, entrarem em contacto com vocês, os produtos e serviços. Sei que já têm uma página no Facebook e um website. Pretendem com isto garantir uma relação de proximidade com os vossos clientes?
T. M. C. – Sem dúvida. Para a Rock Oil esta proximidade com os clientes surge naturalmente pelo importante valor que estes representam para nós e da relação que pretendemos estabelecer. Por um lado, mais rapidamente poderemos perceber as suas necessidades e garantir a total satisfação, por outro será assim possível mantermos sempre os nossos clientes a par das últimas novidades e iniciativas que lhes reservamos.