O Sul de Espanha foi onde o fabricante inglês, que este ano celebra o seu centésimo vigésimo aniversário, fez a apresentação mundial da sua última criação, a Triumph Tiger 1200 Explorer. Simon Warburton, que já foi responsável pelo desenvolvimento da Tiger 800 e da 800 XC, entre muitas outras motos da casa de Hinckley, revelou pormenores interessantíssimos da construção e da forma como a equipa de engenheiros envolvida conseguiu até superar muitos dos objetivos propostos, sempre com a preocupação de manter elevados parâmetros de fiabilidade e longevidade.

O que para já vos posso dizer sobre este primeiro contacto que tive com esta nova Tiger 1200 Explorer, é que foi demasiado curto. A moto revelou-se muito eficaz, neutra e leve, muito leve mesmo, fosse a manobrar ou no acionamento dos comandos e dispositivos.

Apresentou também umas recuperações impressionantemente fortes, e ao mesmo tempo revelou-se extremamente fácil de conduzir, parecendo familiar logo desde o primeiro arranque. A posição de condução é irrepreensível e a leveza do conjunto e do funcionamento de todos os comandos e dispositivos reflete cuidados extremos no desenvolvimento, em prol de uma utilização simples, fácil e segura, capaz de manter o condutor “fresco” e atento por muitos quilómetros, independentemente da estrada, do piso, da carga ou das condições meteorológicas.

Embalado pelas muitas curvas, pela beleza do cenário montanhoso e sobretudo pelo delicioso roncar do escape de origem, até a má qualidade do piso e o mau estado das estradas ou a perigosidade das bermas e dos ameaçadores rails desprotegidos foram fatores que passaram para segundo plano. Se a Explorer traz algo de novo para esta classe tão “em voga”? À primeira vista não! Mas o conjunto, em si, acaba de elevar a fasquia para níveis muito altos.