Está apresentada mais uma das superdesportivas que vão estar nas nossas estradas em 2012. Após a Yamaha, a BMW, a Honda e a Ducati (ainda que apenas o motor da 1199 Panigale) terem revelado as suas novas, ou ligeiramente retocadas “armas”, chega a vez da Suzuki revelar a nova GSX-R 1000.
Mantendo o design das carenagens da sua antecessora, a nova GSX-R 1000 conta no entanto com ligeiras modificações na sua aparência que a tornam distinta do modelo anterior: utilização do azul típico da Suzuki que agora ocupa mais espaço nas laterais, logótipos ligeiramente maiores e painel de instrumentos com nova coloração. Outra modificação estética é o regresso ao sistema de escape com uma única ponteira.
Esta solução, além de estética, é também funcional, pois a utilização de um sistema 4-2-1 totalmente fabricado em titânio permite melhorar a reposta em médios regimes e ajudar na diminuição do peso da GSX-R, com a Suzuki a anunciar que a nova “mil” atinge os 203 kg a cheio, menos 2 kg do que a versão anterior.
Ao nível do motor a casa de Hamamatsu decidiu reaproveitar o tetracilíndrico de 999 cc, mas dotou-o de uma reposta mais “cheia” nos médios regimes. Aproveitando a tecnologia utilizada pela equipa de MotoGP de análise à fadiga dos materiais, os pistões foram redesenhados e são 11% mais leves, além de verem a sua resistência ao desgaste melhorada.
As árvores de cames foram ligeiramente alteradas no seu perfil, permitindo uma reposta mais rápida aos impulsos do acelerador e melhorando a curva de binário ao longo de toda a gama de rotações.
Na electrónica poderemos encontrar na nova GSX-R 1000 de 2012 os mesmos três mapas de motor, seleccionáveis facilmente através de um botão colocado no punho esquerdo. Infelizmente, e ao contrário do que acontece noutras marcas, a Suzuki ainda não instala na nova versão da sua desportiva de litro um sistema de controlo de tracção…
O novo módulo de controlo do motor (ou ECU) viu as suas “afinações” optimizadas para se adaptarem ao novo sistema de escape único, e a Suzuki anuncia uma melhoria de 8% nos consumos.
Se na aparência e performance do motor e no seu controlo electrónico a moto muda pouco, o mesmo já não se poderá dizer da sua ciclística: ao quadro em alumínio de dupla trave foi-lhe adicionado uma evolução da forquilha Big Piston, com curso mais pequeno, mais leve e resistente a ritmos fortes em pista, para além das afinações serem ligeiramente alteradas para responderem melhor ao menor peso do conjunto e à mudança no centro de equilíbrio da GSX-R 1000.
Para além da forquilha BPF, os engenheiros japoneses decidiram adoptar para a sua desportiva de topo pinças da Brembo monobloco, uma solução que já tinha sido adoptada para as GSX-R 600 e 750.
Quanto ao sempre importante factor “preço”, ainda não é possível confirmar qualquer valor final, pois a Suzuki irá apresentar a moto “oficialmente” durante o Salão de Milão – EICMA em Novembro.
Fonte:Motociclismo