Sabe-se que uma das formas de reduzir custos é aumentar a longevidade dos motores . Como? Por um lado fazendo menos quilómetros (aspecto para o qual é importante a redução do tempo total dos treinos em cada prova) por outro limitando-os em rotação.

A confirmação de que as Honda RCV privadas poderão estar a ser utilizadas com um limitador de rotação, foi trazida a lume por Alex De Angelis, piloto da equipa Gresini após os testes recentemente efectuados em Sepang. Ao mesmo tempo, o sãomarinense confirmou que a moto de Toni Elias é igual às de fábrica e muito diferente da sua. “Mesmo muito”, sublinhou De Angelis.

Os privados dispõem este ano da ciclística que Nakano desenvolveu na fase final do campeonato do ano passado e de uma versão standard do motor de válvulas pneumáticas (a Honda foi a última marca a tê-lo).

Em declarações no final dos trabalhos de Sepang, o piloto da principal equipa satélite da Honda afirmou: “a nova moto satélite é muito diferente da do ano passado. O carácter do motor é muito, muito diferente. Em baixas não tem força. Em altas é muito bom, mas só mesmo no topo do regime de rotação.”

Comparando a sua moto com a de Elias o piloto confirmou as diferenças: “a minha moto é muito diferente da do Toni – a ciclística, a electrónica, o braço oscilante, a caixa de ar, o escape, muitas coisas. E também faz mais rotações que a minha…”

Tudo indica que as motos satélite da Honda estejam mesmo equipadas com o limitador de rotação o que, potencialmente, as poderá tornar nas motos mais lentas do plantel, logo, pouco competitivas. Tanto mais que, rotação e velocidade de ponta são aspectos que não preocupam Ducati, Yamaha e, pelos vistos, agora também a Suzuki.

De Angelis foi o melhor dos pilotos que utilizam esta versão da RCV, sendo o 12º mais rápido (em 19, contando com os pilotos de testes da Yamaha), mas a 1,4 segundos de Stoner e a 1 segundo de Elias. Os outros pilotos nestas condições foram De Puniet (14º) e o estreante Yuki Takahashi (15º).