A ronda do Mundial de Supersport no circuito de Imola foi, muito provavelmente, a mais emocinante da temporada. Os espectadores tiveram direito a um pouco de tudo: lutas intensas por posições, quedas e campeões anunciados que não o conseguiram confirmar em pista.

À partida para a corrida de hoje, a ParkinGO Yamaha estava em excelente posição para assegurar definitivamente o título de pilotos e de marcas. Chaz Davies partia de quarto, enquanto o seu companheiro de equipa, Luca Scassa, estava de volta aos lugares de topo e partiu de segundo. Lá na frente, Broc Parkes entrava na luta com uma das Kawasaki, partindo da pole.

Luzes apagadas e as previsões concretizavam-se: as duas Yamaha seguiam imparáveis lá na frente mas, o impensável aconteceu e, primeiro Scassa, devido a uma queda, e a poucas voltas do fim e quando liderava com grande vantagem, Davies, foram ambos obrigados a abandonar a prova. A desilusão era total na equipa liderada por Giuliano Rovelli, pois a Chaz Davies bastava terminar no pódio e era automaticamente campeão. A questão do título fica assim mais uma vez adiada, agora para Magny Cours, mas em Portimão já deveremos ver Chaz Davies como novo campeão.

Indiferente a tudo isto estava a armada Honda que passou a ocupar os quatro primeiros lugares da classificação. Sam Lowes, Fabien Foret, Florian Marino e Gino Rea, estavam entretidos numa luta fantástica em que também tínhamos de incluir Broc Parkes, o único que ainda poderia ter hipóteses em relação ao campeonato.

O recruta da Parkalgar, Lowes, conseguiu conquistar alguma vantagem para os perseguidores, apenas para Foret recuperar, passar para a frente e seguir intocável até à bandeira de xadrez, conquistando mais uma vitória para a Ten Kate em Imola. Lowes ainda tentou mas já não conseguiu melhor do que o segundo lugar, com o último posto do pódio a cair nas mãos de Broc Parkes.

Gino Rea que ocupou durante muitas voltas posições do pódio, acabou por levar o seu esforço longe demais, e após um primeiro aviso, a sua CBR600 RR acabou por não resistir ao ímpeto do jovem britânico e acabaram os dois no chão (11º no final). Marino também esteve muito bem em Imola, mantendo-se entre os mais rápidos mas, o jovem da Ten Kate ainda revela alguma falta de experiência, tendo acabado em quarto com os seus pneus completamente destruídos pelas várias lutas em que se foi envolvendo.

Quanto ao português Miguel Praia, se a sessão de qualificação se revelou um desastre devido a problemas electrónicos, já em situação de corrida o piloto algarvio recuperou rapidamente de 19º para 13º, tendo depois mantido um bom ritmo e, mesmo aproveitando os azares alheios à sua frente, levou a sua Honda Parkalgar até final em boas condições, terminou num muito saboroso e já merecido 8º lugar.

Esta classificação de Imola iguala o melhor que Praia tinha conseguido obter nesta temporada, demonstrando que apesar de ter sofrido muitos azares em 2011, Praia nunca desiste e é capaz de rodar com os melhores da categoria, sendo o "Top10" um objectivo ao seu alcance, especialmente quando chegamos às duas rondas finais que são do agrado do piloto.





Fonte:Motociclismo