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Face à crise que actualmente atinge o MotoGP mais do que qualquer outra disciplina do motociclismo desportivo ao nível de Campeonato do Mundo. A saída da Kawasaki (pelo menos enquanto equipa de fábrica) foi a gota de água que fez transbordar o copo numa categoria que vivia acima das suas possibilidades. Se não forem tomadas medidas já em 2009 é certo que outras marcas poderão seguir o exemplo da Kawasaki…
São várias as propostas que estão em cima da mesa para discussão e apresentação à comissão de Grandes Prémios da FIM que terá que ratificá-las para puderem ser postas em prática. Muitas destas propostas surgiram na sequência da reunião dos construtores a 7 de Janeiro no Japão. Nova reunião terá lugar aquando dos testes de MotoGP a realizar na próxima semana em Sepang, na Malásia, para elaboração do documento final.
Proposta de redução de custos no MotoGP para 2009:
- Treinos mais curtos: a duração das sessões de treinos por fim de semana (três livres e uma de qualificação) reduzida de 60 para 45 minutos;
- Warm-up mais curto: redução para dez minutos apenas sem teste de partida;
- Nove motores para toda a época: ao longo da temporada só poderão ser utilizados nove motores, o que significa que cada motor terá de durar duas provas. Uma equipa não sofrerá qualquer penalização caso um motor quebre antes de cumprir duas provas, sendo que não poderá utilizar um máximo de nove para todo o campeonato;
- Cancelar os 5 testes extra previstos: acabam-se os testes das segundas-feiras pós corrida;
- Testes de Inverno reduzidos a oito dias: os testes a efectuar entre as temporadas de 2009 e 2010 reduzidos a oito dias apenas, incluindo os dois dias após a corrida de Valência, última do Campeonato;
- Pausa invernal mais longa: o início do “testing ban” a começar a 11 de Novembro em vez de 1 de Dezembro, dois dias depois do último GP da temporada. Prolongar-se-á até 22 de Janeiro do ano seguinte.
Propostas para redução de custos no MotoGP para 2010:
- Cortar um Grande Prémio: passar a 17 provas, em vez das actuais 18, como medida de contenção até passar o “mau tempo” e depois voltar às 18 provas;
- Uma moto por piloto: Ezpeleta quer aumentar a grelha de partida para 24 motos; uma vez que alguns construtores conseguem alinhar até seis motos (Honda com seis e Ducati com cinco este ano), era questão de também pôr os “muletos” a correr;
- Discos de travão em aço: em substituição das actuais unidades em carbono;
- Grande Prémio em dois dias: menos um dia de fim de semana de Grande Prémio, mas para chamar o público na sexta-feira, há ideia de abrir o paddock a toda a gente na sexta-feira de manhã, e fazer treinos para as 250cc/Moto2 e 125cc na parte da tarde;
- Um motor para três provas: um motor é selado e deve durar três provas; se o piloto tiver que o trocar antes incorrerá numa sanção ainda por definir: um atraso na grelha de partida ou um acrescento de tempo ao resultado final da corrida;
- Modelos válidos por duas épocas: cada modelo deverá durar duas temporadas de modo a que os privados possam amortizar o custo do aluguer das motos de modo mais conveniente.
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