A ocasião não poderia ter sido melhor para Ben Spies obter a sua vitória de estreia no Mundial de Velocidade. No Grande Prémio da Holanda, em Assen, a Yamaha comemorava os 50 anos da sua presença nos Grandes Prémios, e que melhor maneira de celebrar do que com um triunfo, ainda por cima categórico, e luzindo uma decoração especial alusiva à efeméride?

O fim-de-semana nem tinha começado bem, com chuva na sexta-feira e óleo derramado durante a sessão de treinos livres de Moto2, que obrigou a cancelar todas as sessões da tarde.

No Sábado, a estrela voltou a ser Marco Simoncelli, que obteve a pole position, mas com Ben Spies muito perto, a apenas 9 milésimas no segundo lugar da grelha. O bom tempo colaborou para a corrida de MotoGP (tinha chovido de manhã), e Spies foi quem partiu melhor, colocando-se à frente logo na primeira curva, nunca mais deixando essa posição. Quem voltou a fazer das suas foi Marco Simoncelli, que logo à 3ª curva, com os pneus ainda frios, forçou demais e caiu levando consigo Jorge Lorenzo, justamente o piloto que mais crítico havia sido sobre a condução de Simoncelli. Os dois voltaram à pista, com Lorenzo a terminar em sexto e o italiano em nono.

Sem luta para os lugares do pódio, Casey Stoner foi segundo a 7,6 segundos de Spies, com Dovizioso em terceiro. As Ducati oficiais ocuparam os lugares seguintes, com Rossi na frente de Hayden.

Loris Capirossi não alinhou devido a lesões sofridas nos treinos, e Pedrosa continua de fora, mas a sua RCV oficial foi desta feita pilotada por Hiroshi Aoyama, enquanto, por sua vez, a Honda Gresini do japonês era ocupada pelo piloto de testes da Honda, Kousuke Akiyoshi.

Stoner mantém a liderança do Mundial com mais 28 pontos que Lorenzo, e Dovizioso continua em terceiro, mas agora a apenas 9 pontos do espanhol.

Na Moto2, nova vitória para o fenómeno Marc Márquez. O Campeão Mundial de 125 bateu outro Campeão em título, o de Supersport, Kenan Sofuoglu, que foi segundo, com Bradley Smith a conseguir o lugar mais baixo do pódio.
O líder do campeonato, Stefan Bradl, somou o seu primeiro abandono do ano, mas a sua vantagem era tal que mantém um avanço confortável, agora de 57 pontos para o segundo que passou a ser Marc Márquez. Bradl pagou com uma queda o facto da pista ter começado a secar, e a respectiva degradação dos pneus de chuva com que todo o pelotão havia largado.

Nas 125 cc, segunda vitória do ano para o “rookie” Maverick Viñales, depois de ter saído da pole position. Numa corrida onde o nosso Miguel Oliveira voltou a não marcar presença, pois não teve ainda o OK médico (regressará em Mugello), Viñales chegou a rodar em nono numa corrida muito animada, mas assumiu a liderança à 10ª volta.

A corrida viria a ser prematuramente terminada à 15ª volta, altura em que começou a chover. Como haviam sido cumpridos mais de dois terços da distância, foram distribuídos os pontos por inteiro, conforme a classificação da 14ª volta: Maverick Viñales, Luis Salom (estreia no pódio), Sergio Gadea, Sandro Cortese e Johann Zarco. O líder do campeonato, Nico Terol, não chegou a alinhar devido a uma lesão nos ligamentos de uma mão, mas permanece na frente, com 27 pontos de avanço sobre Jonas Folger.

O Mundial de Velocidade prossegue já no próximo fim-de-semana, de 1 a 3 de Julho, com o Grande Prémio de Itália em Mugello.





Fonte:Motociclismo