Numa dessas escolas pluriétnicas, a professora mandou os Alunos
> > escreverem uma redacção que terminasse com a frase 'Mãe, só há uma'.
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> > No dia seguinte ela chama os alunos um a um para lerem as suas redacções.
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> > O primeiro, Martim, filho de boas famílias lê o seu texto:
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> > 'No outro dia eu estava doente, tossindo, febril, não conseguia comer
> > nada, não podia brincar, nem vir à escola. Aí, de noite, a minha mãe
> > esfregou Vick Vaporub no meu peito, deu-me um leite bem quentinho,
> > tapou-me com o meu edredon eu dormi e no dia seguinte acordei bom.
> > 'Mãe, só há uma.'
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> > A classe toda aplaudiu, a professora elogiou, e deu-lhe um muito bom.
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> > O segundo, Guilherme, típico representante da classe média, foi o
> > aluno seguinte:
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> > 'No dia em que tivemos o último teste eu não sabia nada e comecei a
> > chorar, a pensar que ia ter negativa. Aí a mãe sentou-se ao meu lado
> > com o livro, explicou-me a material fez-me perguntas e já consegui
> > dormir descansado.Quando acordei senti que sabia tudo! Vim à escola,
> > fiz a prova e tirei Muito Bom.' 'Mãe, só há uma'.
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> > A classe, emocionada, aplaudiu o Gui. A professora deu-lhe também um
> > Muito Bom.
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> > Chegou a vez do aluno representante das minorias étnicas, Makongo Ngombo:
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> > 'Ontem quando chiguei nos meus barraco, minha mãe estava nos cama com
> > um homem qui nem conheço, diferrente do da semana passada. Quando me
> > ouviu, gritou para mim lá dos quarto: 'Makongo, seu preto filho di
> > put@, vai lá nos geladeira e traz duas cerveja.' Aí eu abri a
> > geladeira, olhei lá dentro e gritei pra ela: 'Mãe, só há uma!'